(Ana Sandim/Divulgação)
Grande alimento do povo durante o Ciclo do Ouro, o fubá proveniente do milho começa a fazer parte da alimentação brasileira por influência dos portugueses no século 18. Foram os tropeiros viajantes que incluíram o ingrediente nas refeições da colônia. A escritora Caloca Fernandes descreve no livro “Viagens Gastronômicas através do Brasil” este momento decisivo na história da gastronomia brasileira.
“Sob a forma de fubá, palavra herdada dos africanos para designar farinha, passa a alimentar viajantes e tropeiros, substituindo muitas vezes a farinha de mandioca nos tonéis”.
Na História da Gastronomia brasileira têm-se registro de misturas das culinárias indígenas, africanas e portuguesas, estas que trouxeram a nós o complexo alimentar do milho com as típicas receitas de polenta, mingau, broa de fubá, pamonhas e quitutes.
Fubá Branco
É em Minas Gerais, precisamente em Barbacena, no território do Campo das Vertentes, que o Fubá branco é um alimento ícone preservado da gastronomia mineira. Facilmente encontrado nas feiras livres da cidade, produtores e feirantes mantêm a tradição desde o plantio a moagem.
Fubá Amarelo X Fubá Branco: qual a diferença? O milho branco é colhido imaturamente e muitas vezes tratado como vegetal ao invés de grão. De cor branca, ligeiramente amarelado, o grão possui sabor mais delicado, por ter em sua composição mais açúcar que amido.
Por não ter vocação de grande produção e depender de pequenos produtores, o fubá branco só pode ser encontrado quando existe uma aproximação entre o produtor e o consumidor. É preciso valorizar o processo artesanal de plantio e moagem do milho para que essa tradição não se perca.