Gastronomia, música e teatro trazem um gostinho mexicano para BH

Thais Oliveira - Hoje em Dia
28/05/2015 às 08:11.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:14
 (Carlos Henrique)

(Carlos Henrique)

É só uma coincidência, mas o fato de BH receber, nesta semana, duas atrações que têm o México como denominador comum – a peça “Frida y Diego”, de Maria Adelaide Amaral; e dois concertos da Filarmônica de Minas Gerais, que trazem parte da obra de Carlos Chávez – convida a falar sobre um país pelo qual o belo-horizontino nutre particular apreço. Rica, festiva e muito colorida, a cultura mexicana se faz presente por aqui por meio, principalmente, da culinária.

Um bom exemplo é o Tacomtudo!, criado pela mineira Letícia Alvim Guimarães, 28 anos, e o mexicano Pedro Márquez, 34. Os dois, que se conheceram pela internet (ele era professor de espanhol dela) e se casaram há oito anos, não poderiam imaginar que formariam uma parceria tão acertada.

“Ele é administrador de empresas e eu era funcionária pública. Como a minha sogra é cozinheira no México, o meu marido sempre gostou desta área. Começamos cozinhando para amigos e depois levamos os tacos (comida típica do país) para uma feirinha, no bairro Alípio de Melo”, recorda a jovem.

Vendo que a comida agradava a muitos paladares, os dois resolveram apostar num food truck, sucesso há 6 anos na capital. “Como a demanda estava crescendo, vimos que valia a pena abrir mão das nossas profissões”, afirma Letícia.

Desde 2013, o Tacomtudo! tem sede fixa (rua dos Geólogos, 505), no bairro onde tudo começou. “Temos a certeza de que fizemos a escolha certa, porque o retorno tem sido ótimo”, destaca.

Ampliação acertada

André Sá Fortes e Francis Dias também não hesitaram em apostar as fichas na gastronomia mexicana. No fim do ano passado, eles inauguraram o restaurante El Camino (rua Fernandes Tourinho, 59, Savassi). “A vontade de trazer esse tipo de comida para cá nasceu depois que morei um tempo na Califórnia. Lá, tive muito contato com a culinária mexicana”, explica Fortes.

A grata surpresa foi que o espaço caiu tanto no gosto dos belo-horizontinos, que a dupla resolveu rever o cardápio do MeetMe (rua Curitiba, 2578, Lourdes), onde também são sócios. Desde o início deste ano, o local oferece também pratos do país latino. “A diferença entre os dois é que, no El Camino, investimos mais na comida rápida mexicana. Já no MeetMe, o chefe tem a liberdade de criar coisas mais sofisticadas”, afirma.

E, para quem não curte o tempero bem apimentado do país, Fortes garante que há outras alternativas. No MeetMe, há opções menos picantes bem adequados ao paladar brasileiro. “E, no El Camino, você pode escolher os ingredientes e montar o prato a seu critério”.

 

CULINÁRIA TÍPICA – Um dos pontos fortes do MeetMe (Foto: Divulgação)

O mito das paletas

Outra tradição mexicana, a paleta tomou de assalto shoppings e pontos nobres da capital. Contudo, o que poucos sabem é que por lá o picolé gigante não é tão adocicado e, menos ainda, recheado. “No México, tem mais fruta e é menos doce do que a paleta feita aqui”, entrega Pedro Márquez. E qual das duas é melhor? “Acho que os brasileiros pegaram bem o conceito e conseguiram deixar o que era bom ficar ainda melhor”, confessa o mexicano.

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