Luta pela Lei da Gastronomia mobilizou a categoria

Eduardo Avelar - Hoje em Dia
27/12/2015 às 11:07.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:28
 (Nelio Rodrigues/ftv / divulgação)

(Nelio Rodrigues/ftv / divulgação)

O ano de 2015 ficou marcado para os brasileiros como o ano das revelações, das dificuldades e desavenças na política, especialmente na economia, mas a gastronomia mineira, com toda adversidade deste cenário deu um grande salto de qualidade e credibilidade.

Qualidade, apenas ratificando a sua excelência em termos de diversidade de produtos, de regiões produtoras dos mais diversos territórios e sub territórios gastronômicos. Sobre a credibilidade, os profissionais e as entidades do setor no estado se posicionaram de maneira firme e decidida, assumindo uma postura de orgulho e auto estima, até bem pouco tempo inimaginável, levando-se em conta o estigma de trabalhar em silencio dos mineiros.

A gastronomia foi para a rua, invadiu os órgãos de governo, federal, estadual e municipais para fazer valer a sua importância como atividade econômica, cultural e social de relevância. Escolas, através de alunos e professores, chefs jovens e veteranos, produtores de eventos, empresários associações, entidades se uniram para buscar esse reconhecimento e abrir novas perspectivas, numa convergência jamais vivenciada no mercado mineiro.

Luta constante
Comemorações e eventos para reafirmar essa luta incessante não faltaram, aliando sabor e criatividade ao profissionalismo crescente do setor. O Mercado Central, a vitrine maior das cozinhas e sabores mineiros, que representa a síntese da cultura alimentar do estado, instituiu 2015 como o Ano da Gastronomia, realizando uma série de eventos envolvendo toda a comunidade gastronômica.

Projetos de lei de incentivo à cultura, viabilizaram a realização das comemorações do Dia da Gastronomia, com eventos que uniram as principais escolas, iniciativa privada, governos e profissionais, numa semana de atividades intensas, com direito a passeatas e eventos de rua. Esses se multiplicaram e cresceram em tamanho e qualidade, como a Feirinha Aproxima, o Experimente, MineirãoGourmet, Gastronomia na Praça, Fartura, e os eventos de Food Trucks que proliferaram por toda parte.

Pelo Estado, festivais cresceram de nível e importância, inspirados no Festival de Tiradentes, que na edição de 2015 apresentou um tempero especial, com a parceria internacional com o Festival de Mougins na França.

Pelo mundo
Aconteceram ainda participações ativas de chefs mineiros no salão de Milão e em várias outras apresentações pelo mundo, e pelos mais importantes eventos do país.

Outra conquista de 2015 é a possível inclusão do chef Leo Paixão e seu premiado Glouton numa importante e cobiçada lista do “50th Best Restaurants” da América, honraria que caberia muito bem a mais uns dois ou três restaurantes da capital.

O turismo em Minas através da Secretaria Estadual, a agricultura familiar através da SEDA, já trabalham com foco na gastronomia e nas tradições. Entidades como Sebrae, Epamig, Emater, Fiemg, Instituto Estrada Real, Codemig, Fetaemg, Faemg, e outras ligadas ao turismo, produção agropecuária, industria, serviços e comercio, além da, Abrasel e Sindibuffet, têm desenvolvido importantes ações para o desenvolvimento da gastronomia mineira, e já se falam com mais frequência...

Houve ainda, em 2015, a consolidação do movimento da Frente da Gastronomia Mineira, que realizou uma sequencia de encontros e atividades com profissionais, interagindo com a Assembleia Legislativa através de audiências públicas, tratando dos principais assuntos referentes a todas as áreas do setor, culminando com a aprovação da lei da gastronomia mineira.

Este 2015 se encerra como um ano de realizações e crescimento, projetando um otimismo no mercado para 2016, que deverá viver dias melhores, caminhando para a consolidação de Minas como o Estado da Gastronomia no Brasil.

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