O desafio de compreender um vinho do Piemonte

Paulo Leonardo - Hoje em Dia
26/07/2015 às 11:37.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:05
 (Creative Commons e Vini Prunotto)

(Creative Commons e Vini Prunotto)

Para que nenhum dos presentes se sentisse “incompetente”, o sommelier Gustavo Giacchero deixou bem claro logo de cara: os vinhos do Piemonte são difícil compreensão inicialmente. Eles não se revelam assim, de cara. É preciso ter um pouco de paciência, esperar um pouco para alcançar toda a complexidade de um bom Barolo, um Barbaresco especial ou um Dolcetto d’Alba.

Em uma degustação no restaurante Alma Chef, em Belo Horizonte, Giacchero promoveu rótulos da vinícola Prunotto, uma das mais tradicionais do Piemonte. Os vinhos foram harmonizados com petiscos e pratos elaborados pelo chef Mattheus Paratella.

O grupo experimentou seis rótulos: o branco Roero Arneis 2012 - Marchesa Incisa della Rocchetta, o Dolcetto d’Alba Classici 2014, o Barbera d’Alba 2014, o Nebbiolo d’Alba Cru Occhetti 2011, o Barbaresco Classici 2012 e, com a sobremesa, o Moscato d’Asti Classici 2014.

Diferentemente dos vinhos da ensolarada Toscana, por exemplo, mais intensos e robustos, e que se revelam logo ao se sacar a rolha, os vinhos do Piemonte são mais discretos. Os aromas e mesmo os sabores parecem ser “tímidos” e precisam de um tempo para se revelarem.

Após servir a primeira taça, saboreie-a sem pressa, enquanto o vinho na garrafa respira mais um pouco. Na segunda taça, você já notará a diferença e começará a perceber a riqueza de um Barolo ou um Barbaresco. E com uma comida, uma massa, um queijo, o sabor se mostra com mais facilidade.

Os vinhos mais conhecidos do Piemonte são o Barolo e o Barbaresco, feitos a partir da uva Nebbiolo (que vem de “névoa”, uma característica dessa região montanhosa e fria do Norte da Itália, de solo argiloso). Barolo e Barbaresco são duas comunas, separadas uma da outra 20 km.

As uvas mais cultivadas no Piemonte são Nebbiolo, Barbera, Dolcetto, Moscato (presente no espumante Asti) e Brachetto.

Enquanto os vinhos da ensolarada Toscana são mais robustos, os do Piemonte são discretos

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