"Gozados" reúne Luis Salem e Renata Celidônio no Teatro Sesiminas

Miguel Anunciação - Hoje em Dia
27/06/2013 às 10:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:31

Cada um vive o furacão que lhe cabe. O ator e humorista carioca Luis Salem, por exemplo, também recém-atravessou alguns transtornos: acompanhou os últimos instantes de vida da mãe, obteve sucesso na TV com um personagem de sexo equívoco, acabou envolvido com a justiça por suposta manifestação de preconceito racial e desceu às ruas para engrossar as atuais manifestações políticas, justo no dia em que o Rio de Janeiro contabilizou trezentos mil manifestantes indignados. Ali, ele se sentiu um tanto deslocado, indignado também pelos desmandos da política nacional, mas com a impressão que a massa descontente carece de um líder condutor.

"Achei bárbara, histórica, a energia daquilo tudo, mas sou terminantemente contra a violência, o vandalismo, e preferi voltar pra casa. Acho que já foi muito importante as pessoas irem para a rua, pressenti que esta força não vai cessar, mas ainda falta alguém que saiba conduzir o rebanho e que ele ainda vai aparecer", avalia Salem, que vem a Belo Horizonte por razões de outra ordem: para apresentar "Gozados", atração do Teatro Sesiminas, até amanhã (28), às 21 horas. Ingressos a R$ 70 e R$ 35 (meia).

Sob a direção de Stella Freitas, ele sobe ao palco com Renata Celidônio para desfilar versões bem humoradas de canções nacionais e estrangeiras (Caetano, Chico, Arnaldo Antunes, Peninha, Lloyde Webber etc), algumas reforçadas com personagens, e incursões ao stand up. As versões passam ao largo do politicamente correto, uma inclusive explicita que nem sempre o termo aparentemente mais tosco para designar pessoas e condições não garante correção. Depende do tom que se emprega e das circunstâncias. "Chamar alguém de negão na Bahia pode ser muito carinhoso", defende.

Há quase um ano em cartaz, muito bem recebido aonde quer que tenha sido levado, "Gozados" foi escrito por Salem e Aloísio de Abreu, mesmos autores (e atores, junto a Márcia Cabrita) de "Subversões", espetáculo da mesma natureza que fez carreira de 20 anos.

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