(DIVULGAÇÃO)
Sete discos em uma caixa luxuosíssima. Três CDs. Quatro vinis e dois LPs em versão padrão. Muitos números em torno de um outro: os 50 anos de “The Beatles” (1968), mais conhecido como o “Álbum Branco”, celebrado em 2018. Tudo isso estará acessível para os fãs mais obcecados (e também endinheirados) amanhã, na edição especial comemorativa que a Universal Music lança mundialmente desta obra-prima dos gênios de Liverpool. O “Álbum Branco” é aquele trabalho que volta e meia ganha nas discussões de boteco menos criteriosas o título de “melhor álbum dos Beatles”, muito em função de um argumento difícil de ser batido: reúne, na versão original, nada menos que 30 músicas assinadas pelos quatro fabulosos. Vence pela quantidade, apesar de transbordar qualidade também, já que é nele que repousam alguns dos maiores monumentos musicais tecidos pelos Beatles, como “Dear Prudence”, “While My Guitar Gently Weeps”, “Blackbird” e “Helter Skelter”, para ficar apenas nas mais clássicas. A nova edição – que já tem algumas faixas disponíveis no Spotify – soma ao repertório original (em versões masterizadas e mixagens alternativas) os áudios das demos do disco, gravadas acusticamente no estúdio de George Harrison, conhecidas como as demo Esher, incluindo faixas inéditas que acabaram ficando de fora do disco. Entre elas, “Child Of Nature”, que depois Lennon transformou em “Jealous Guy” e “Jubile”, que viraria a linda “Junk” no primeiro álbum solo de McCartney. Ou seja: é um evento e tanto, nova chance de tomar uma overdose de Beatles e outra oportunidade de celebrar a generosidade dos maiores nomes da música em todos os tempos. Por mais amargo que seja o contexto de manufatura. Afinal, o disco é tão extenso assim porque teve de acomodar a vontade de todos, já que em 1968 os Beatles estavam em plena tensão composicional, com a parceria Lennon e McCartney já finada. Mas como sabemos, há crises que vêm para o bem.