Graveola e o Lixo Polifônico lança novo álbum neste final de semana em BH

Vanessa Perroni
vperroni@hojeemdia.com.br
04/08/2016 às 18:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:10
 (Vania Cardoso / Divulgação)

(Vania Cardoso / Divulgação)

Mais elétrico, maduro e direto ao ponto, tudo isso sem perder a poesia. Assim está o álbum “Camaleão Borboleta”, sexto trabalho do grupo Graveola e o Lixo Polifônico – que será lançado no Cine Theatro Brasil em duas sessões neste fim de semana.

Disponibilizado em diferentes canais na internet há mais de um mês, o coletivo agora sobe ao palco para desfiar as dez canções que compõem o disco. O show terá a participação de amigos de longa data, como Kristoff Silva, Sérgio Pererê, Gustavito, Di Souza e Ygor Rajão. 

“São amigos e músicos que participaram da formação da identidade do grupo nesses anos. Somos uma banda de interlocu-ções. Algumas coisas podem soar contraditórias, mas temos essa capacidade diplomática no som”, pontua o cantor, instrumentista e compositor Luiz Gabriel Lopes.

As faixas do disco foram geradas ao longo de 2015. Muitas surgiram no próprio estúdio durante as gravações. “Tem músicas minhas, da Luiza Brina e do José Luis Braga com parceiros de fora da banda. Mas os arranjos são todos feitos de forma coletiva. E isso imprime a identidade forte do grupo”, afiança.

Com letras mais concisas e um trabalho instrumental mais enxuto, a banda mostra um álbum com uma pegada mais rock and roll sem deixar de lado a influência tropicalista e os ritmos afro-brasileiros. “Recentemente ouvimos nossos discos antigos e vimos o quanto crescemos em termos de composição em som”, avalia. 
“Começamos na MPB ‘cabeçuda’, mas fomos atravessados pelo rock e outras sonoridades. E agora fizemos um som simples e bonito prezando pela liberdade de produção e arranjo”, acrescenta.

O produtor musical Chico Neves foi quem conduziu os trabalhos. “Ele (Chico) é um mestre que já trabalhou com artistas que são referência pra gente”, diz Gabriel. Essa foi a primeira vez que a banda contou com um produtor “de fora”. 

“Ele tem visão estética mais ampla e sem a contaminação afetiva com o material. Foi processo diferente mas muito gratificante”. 

Tom de magia
As faixas do álbum se misturam em letras que falam de saudade, esperança, solidão e temas como a legalização da maconha, na música “Tempero Segredo”, mas de forma sutil, sem soar panfletário. Outro exemplo é “Índio Maracanã”. 

“É uma canção de força para as populações indígenas, que têm sido massacradas. Acreditamos em uma energia diferente, de projetar esses temas para outros lados e que ecoem, trazendo a reflexão”, comenta o músico, explicando que o título do disco vai ao encontro da sonoridade que carrega. “Reflete essa energia da transformação. Nas canções sempre tem um elemento se transformando em outras coisas. Traz um tom de magia característico do grupo”. 

Serviço: Lançamento do disco “Camaleão Borboleta”. Cine Theatro Brasil (Praça 7). Amanhã, às 20h, e domingo, às 19h. Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (meia)

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