Grupo Corpo apresenta 'Dança Sinfônica' e 'Lecuona' no Palácio das Artes

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
05/09/2016 às 18:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:42
 (José Luiz Pederneiras / Divulgação)

(José Luiz Pederneiras / Divulgação)

A sedução de “Lecuona” divide a noite com a graciosidade de “Dança Sinfônica”. Ambas, igualmente arrebatadoras. “São duas obras muito fortes que compõem um programa denso. Muitas pessoas se emocionam ao vê-las”, diz o coreógrafo Rodrigo Pederneiras, ao se referir à turnê 2016 do Grupo Corpo. O encontro dos espetáculos, em Belo Horizonte, se dará no Palácio das Artes, de amanhã até domingo. 

O balé, que leva o nome do compositor cubano Ernesto Lecuona (1895-1963), foi criado em 2004. Pederneiras já havia tido um cassete com canções do músico e, após perder o material, acabou achando uma edição original 20 anos depois. “No início dos anos 2000, em São Francisco (EUA), fui a uma loja de raridades e lá encontrei, por acaso, todas as canções em um único CD. Elas caíram no colo. Foi uma sorte”. 

O espetáculo é formado por uma sequência de 38 minutos de doze pas-de-deux. Nos minutos finais da valsa, um gigantesco cubo de espelhos surge em cena e dentro dele seis pares de bailarinos multiplicam-se no jogo de espelhos. “Lecuona é uma peça extremamente romântica e, ao mesmo tempo, sensual; fala de uma paixão desacerbada”, sintetiza Pederneiras.

Comemoração
A “Dança Sinfônica”, por sua vez, tem um caráter de celebração. Criada especialmente para a comemoração dos 40 anos do grupo, em 2015, a música é de Marco Antônio Guimarães – parceiro do Corpo, já tendo feito outras a exemplo de “21” (1992) e “Bach” (1996). Escrita para a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a trilha evoca balés que marcaram a história da companhia.José Luiz Pederneiras / Divulgação

“Lecuona” – O cenário criado por Paulo Pederneiras é formado por cubos luminosos monocromáticos, que deslocam-se na caixa-preta conforme o par da vez 

“A peça tem uma carga dramática e um olhar para trás por repassar alguns acontecimentos do grupo. Tem muitas homenagens a pessoas que passaram por aqui e, neste ponto, acho que reside a parte mais emocional da obra”, diz. A homenagem se completa num grandioso painel cenográfico, no qual foram colocadas mais de 1.000 fotos de momentos registrados ao longo das quatro décadas do Corpo. 

Planos
A turnê segue para o Rio de Janeiro (15 a 19/9). Em seguida, a companhia viaja para os Estados Unidos e Europa. Em 2017, o Corpo estreia novo balé, cuja trilha está em desenvolvimento pelo grupo paulista Metá Metá.

Serviço: “Dança Sinfônica” e “Lecuona”, do Grupo Corpo. Amanhã e domingo, às 19h; quinta a sábado, às 20h30, no Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537). Ingresso: R$ 90 e R$ 45 (meia).

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