Desde o lançamento do primeiro disco, “O Hábito da Força”, há dois anos, o grupo paulista Filarmônica de Pasárgada passou a receber valiosos elogios de músicos de alto nível e começou a tecer um profícuo intercâmbio com muita gente interessante da cena musical da terra natal.

A troca de figurinhas foi importante para o desenvolvimento do segundo trabalho, “Rádio Lixão”, que acaba de ser lançado pelo Coaxo do Sapo (selo de Guilherme Arantes). Aqui há participações do próprio Arantes, Tatá Aeroplano, Kassin e o maior referencial para o octeto – Tom Zé. O baiano empresta sua voz a “Blá Blá Blá” e é homenageado na faixa “Estudando Tom Zé”. A produção ficou com Alê Siqueira (responsável também pela trilha do filme “Capitães de Areia”) e a mixagem com Yuri Kalil (do Cidadão Instigado).

“Desde o primeiro disco, passamos a ter contato com muita gente interessante, como Tatá, a Trupe Chá de Boldo, o Tim (Bernardes) d’O Terno. Pessoas que têm tudo a ver com a nossa sonoridade”, diz Marcelo Segreto, vocalista e compositor do grupo.

Além do intercâmbio, a experiência foi fundamental para as novas experimentações. Dessa vez, a Filarmônica de Pasárgada soube tirar novos sons dos instrumentos – fagote, clarinete, clarone, cravo etc – e usar novos recursos tecnológicos.

“Fomos para o estúdio mais maduros. Na segunda vez, já sabíamos usar as possibilidades de efeitos na gravação e mixagem. Já compomos pensando nos recursos. Além disso, cada integrante foi estudando seu instrumento. Eu, por exemplo, comprei vários novos pedais para o violão. O Ivan Ferreira descobriu uma maneira de tirar do fagote a mesma sonoridade que o Tom Zé faz com a folha de fícus”, explica.

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