Guitarrista Rafael Torres 'recria' clássicos do jazz, do soul e do rock em EP solo

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
28/08/2020 às 19:38.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:24
 (Divulgação)

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Nascido em Pernambuco e ‘adotado’ por Minas Gerais em 2002, Rafael Torres se tornou figura conhecida na cena do heavy metal por meio do grupo Tormento, em 2008, chegando a abrir shows de Sepultura, Krisiun, Torture Squad e Eluveitie e a se apresentar em vários festivais, vide o tradicional Roça 'N' Roll. “Depois da banda, toquei com a galera do folclore brasileiro, funk carioca, rock, blues, tudo o que você imaginar”, descreve.

O ecletismo profissional se estendeu também a outros campos, incluindo a linha mais fusion do jazz e do rock, como fica notório em sua estreia solo. No EP "Overdrive Monkey", lançado neste ano, Torres exibe versões repaginadas de clássicos como “Superstition”, de Stevie Wonder, e “I Put Spell on You”, revisitada por Creedence, Nina Simone e Annie Lennox.

“A ideia surgiu de uns vídeos que vi do Guthrie Govan tocando alguns clássicos do rock, fazendo toda a melodia de voz na guitarra. Algo que o Paul Gilbert faz também e que ele aconselha, em seus ‘master class’, como exercício. Mas não é só isso. Eu queria trazer algo novo para mim. Sempre quis lançar um CD solo, me colocar como intérprete no mercado, nessa praia de black music, blues e jazz que eu já vinha estudando”, afirma o guitarrista.

Após fazer um estudo de repertório de 15 músicas, Rafael Torres optou por lançar apenas cinco, todas instrumentais. “Comecei a gravar no meio de 2019 e terminei no meio deste ano”, relembra o músico, antes de revelar as dificuldades que emergiram durante todo esse processo.Divulgação

“Deixei de lado (o disco) por alguns meses, por desacreditar no potencial do álbum. Quase não o lancei. Passei por um momento difícil no ano passado. Saí de um emprego, logo depois de me casar, e tive ‘quase que’ uma tendinite. Quase joguei minha carreira por água abaixo. Fiquei de molho um tempo, dando aulas particulares. Então resolvi fazer algo de produtivo”, relata.

A ‘tempestade’ passou, e a gana de terminar o trabalho voltou. “Me mudei para Itajubá, no Sul de Minas, terra da minha esposa. Aqui faz muito frio, gravei boa parte desse álbum debaixo de Sol, ao meio-dia; de tão frio que estava para gravar, era a única hora possível”, comenta.

O saldo final é extremamente positivo. “Neste ano vou só divulgar (o álbum) pela internet. No próximo, devo lançar outro disco, creio que no segundo semestre. Terá a mesma proposta, mas desta vez com um toque mais fusion e com mais clássicos do rock”, revela.Divulgação

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