Guns N' Roses ganha o público de BH com show repleto de clássicos no Planeta Brasil

Frank Martins - Hoje em Dia
23/03/2014 às 08:22.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:48
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

Há muito tempo Axl Rose não desfila mais sua forma física invejável do começo dos anos 90, com sua tradicional bandana e short de laicra apertado, um vigor de criança correndo de um lado para o outro, e uma voz, que atingia as mais altas notas, e que hoje também não é mais a mesma. Mas, qual o problema com isso?   Quatro anos após a primeira passagem pela capital mineira, o Guns N' Roses provou que a força do seu repertório e o carisma do vocalista ainda são capazes de cativar milhares de fãs das mais diversas idades e gerações. Esse é o poder de um ídolo: levar consigo uma obra única e que vive eternamente no coração e na mente dos fãs.   Cerca de 20 mil pessoas estiveram neste sábado (22) na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte, no festival Planeta Brasil para acompanhar o front man e sua banda, que pode ser considerada a melhor cover de Guns N' Roses do mundo. Mr. Axl Rose subiu ao palco principal pontualmente às 21 horas (enquanto ocorria o show da banda Natiruts ao mesmo tempo do outro lado da Esplanada) de calça jeans, camiseta, casaco de couro azul, chapéu e óculos escuros ao som de "Chinese Democracy".   O vocalista aparenta estar um pouco mais roliço do que em sua última visita ao Brasil. Ele trocou diversas vezes de jaqueta, sempre combinando com seu jeans surrado. Em raros momentos, ele apareceu sem os óculos ou o chapéu. Após metade do show, o vocalista suava tanto que uma mancha se formou na virilha no cantor, dando a impressão de que ele havia se "mijado" em palco. Fato que tomou conta das redes sociais durante a apresentação.   O show seguiu com a destruidora sequência de "Welcome to the Jungle", "It's So Easy" e "Mr. Bronwstone", todas do álbum "Appetite for Destruction". Naquele momento, todos os presentes fizeram uma viagem no tempo e estavam se sentindo no começo dos anos 90. Tudo sempre acompanhado de muita pirotecnia, luzes e telões de alta definição.   Ao longo do repertório, Axl deixava o palco constantemente para ir a um camarim montado ao lado e abria espaço para os outros membros da banda se apresentar para o público em momentos solos. Atualmente, o Guns é formado pelos guitarristas DJ Ashba, Richard Fortus e Ron "Bumblefoot" Thal, pelos tecladistas Dizzy Reed e Chris Pitman, pelo baixista Tommy Stinson e pelo baterista Frank Ferrer.   Durante as duas horas e 25 minutos que estiveram no palco, Axl Rose & Cia tocaram 23 músicas. Como era esperado, "Sweet Child O'Mine" foi o grande ponto alto da noite e levou o público a um êxtase coletivo. Aproveitando o momento, Axl emendou outros dois hits estrondosos dos anos 90, Don't Cry e November Rain, fazendo a alegria dos casais que se abraçavam e se beijavam emocionados, e também dos demais, que cantavam a plenos pulmões.   Destaques também para os covers de Live and Let Die e Knocking on Heaven's Door. Ao encerrar com a balada Patience e com a avassaladora Paradise City, o Guns reafirmou sua condição de banda "eterna" para quem viveu, ou não, a sua época de ouro. Esse foi o gol de placa para coroar a apresentação de Axl no templo do futebol mineiro.   Para a estudante Rebecca Leste, ter visto um show do Guns, ao vivo, e com Axl, foi um privilégio. A jovem de 17 anos disse que curte a banda por influência dos pais e que foi à apresentação com amigas da mesma idade e que também são fãs. "Sei que a maioria dos integrantes de hoje não são da formação original, mas o que importa é a vontade e o show que eles fazem no palco", explica a jovem.    Já o motorista Alessandro Pires afirmou que Axl Rose é uma lenda viva do rock. "Quando eu era mais novo queria ser como o Axl. E hoje, depois de muito tempo, se pudesse, ainda queria ser Axl Rose! E olha que ele está até um pouco mais gordinho que eu!", disse empolgado o fã.   Visto o sucesso que foi a edição 2014 do festival Planeta Brasil, um dos organizadores do evento, Henrique Chaves, destaca a heterogeneidade do festival. "Neste ano quisemos agregar o maior número de estilos musicais, já que tínhamos uma área muito grande que é a Esplanada do Mineirão. Não posso falar muito da próxima edição porque ainda estou e vou viver a atual por um bom tempo, mas as chances são grandes do festival ser de dois dias no ano que vem", disse o produtor.   De Belo Horizonte, a trupe do Guns segue a turnê pelo Brasil com shows em Brasília (25), São Paulo (28), Curitiba (30), Florianópolis (1º de abril), Porto Alegre (3), Recife (15) e Fortaleza (17).   Veja o setlist do show em BH:   "Chinese Democracy"   "Welcome to the Jungle"   "It's So Easy"   "Mr. Brownstone"   "Estranged'   "Better"   • Solo de guitarra de Richard Fortus ("The Blacklight Jesus of Transylvania")   "Live and Let Die" (Wings)   "This I Love"   "Motivation" (cantada pelo baixista Tommy Stinson)   • Solo de piano de Dizzy Reed   "Rocket Queen"
  "Catcher in the Rye"   "You Could Be Mine"   • Solo de guitarra de DJ Ashba   "Sweet Child O' Mine"   "November Rain"   "Don't Cry"   "Objectify" (cantada pelo guitarrista Ron 'Bumblefoot' Thal)   "Knockin' on Heaven's Door" (Bob Dylan)   "Nightrain"   • Bis   "Patience"   "You can't Always Et What You Want"   "Paradise City"

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