(Guto Muniz/Divulgação)
O tempo, as escolhas e as mudanças que elas trazem na garupa são parte crucial no enredo da peça “Horácio”, que volta em cartaz nesta quinta (6) e sexta-feira (7) no Teatro Bradesco, dentro da programação do “Verão Arte Contemporânea” (VAC). O espetáculo tem direção e argumento do mineiro Carlos Gradim, hoje, vivendo no Rio de Janeiro, a exemplo da peça, graças às oportunidades e escolhas que fez. Horácio, portanto, pode ser Gradim ou você, curioso leitor, ou eu, o chefe, o pai, a mãe, o vizinho escandaloso... A peça, que estreou em Belo Horizonte em agosto do ano passado, tem no elenco os atores Leonardo Fernandes, Geraldo Peninha e Sávio Moll.
Três tempos
Os três atores fazem os papeis de um mesmo homem, mas em idades diferentes: 23, 46 e 72 anos. No momento derradeiro da vida, em pleno velório, eles refletem sobre as decisões deles. “Discutem as escolhas que fazem e se libertam de um trauma que os acompanhavam durante toda a vida”, acrescenta.
O baque – e põe baque nisso – foi um acidente no qual o pai do personagem morre. Porém, descobre-se que a namorada deste personagem estava com ele, pois eram amantes.
Mineiro no mar
“Horácio” é produção da Odeon Companhia Teatral, um braço do Instituto Odeon, organização que dirige de forma pioneira o moderno Museu de Arte do Rio (MAR), da Prefeitura do Rio de Janeiro. O contrato para gestão deve ser renovado por mais dois anos.
Gradim é presidente do Museu. A empreitada do mineiro em terra carioca completa um ano no próximo mês, quando o Museu comemora o primeiro ano de funcionamento.
“Tivemos um volume de 350 mil visitantes no MAR neste primeiro ano. No Rio, a repercussão do que se faz é maior. É a cidade brasileira mais conhecida do mundo. O holofote está para ele”, diz.
Gradim também trabalhou como gerente executivo do Circuito Cultural Praça da Liberdade e diz que pretende “maturar” a experiência de gestão cultural para buscar outras oportunidades. “Adoraria administrar um teatro, que é a minha segunda casa”, planeja. “Horácio”, nesta quinta (6) e sexta-feira (7), às 21h, no Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2244, Lourdes). R$ 16 e R$ 8 (meia)