“Hora Amarela”: para onde caminha a humanidade

Hoje em Dia*
03/04/2015 às 11:04.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:29
 (Divulgação)

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Dois eixos centrais norteiam “Hora Amarela”, montagem que entra em cartaz neste sexta-feira (3) na capital mineira, com sessões até 4 de maio. A primeira, a violência da guerra (e a praticada pelo ser humano). A segunda, a necessidade do amor. A iniciativa de trazer para o país o aclamado texto do dramaturgo norte-americano Adam Rapp partiu da atriz Mônica Torres, produtora da empreitada.    Concluída a negociação dos direitos autorais e feito o convite à atriz Deborah Evelyn para assumir o papel principal, de Ellen, o passo seguinte foi agregar o nome de Monique Gardenberg ao projeto.   Cumpre dizer que o universo de Rapp não era totalmente desconhecido para a diretora, que, em 2011, havia encenado “Inverno da Luz Vermelha”. À iniciativa, somaram-se os nomes da bela Izabel Wilker (filha de Mônica Torres com o saudoso José Wilker), Michel Bercovitch e Daniel Infantini.   Escondida há três meses no porão de seu prédio, Ellen faz de tudo para sobreviver e não perder a esperança de rever o marido. No desenrolar da peça, ela é surpreendida com a chegada de diferentes personagens, como Maude (a já citada Isabel Wilker), jovem viciada em drogas à procura de abrigo, o professor Hakim (Bercovitch), que traz notícias do mundo externo, e um fugitivo Sírio (Infantini), que não consegue se comunicar por não falar outra língua. A situação se torna cada vez mais desoladora, mas Ellen tenta seguir em frente e se manter viva. “E é por isso que escolhemos não localizar essa peça no tempo/espaço, ela pode acontecer em qualquer lugar por tratar de um tema muito atual e inerente ao ser humano”, diz Deborah, em entrevista ao Hoje em Dia.   Sobre a personagem que passará a defender junto ao público mineiro (depois de temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo), Deborah diz que Ellen reverbera duas coisas muito fortes: “A vontade de se manter viva (e o desespero por isso) e a extrema generosidade, o cuidado com o próximo... Isso mostra que o amor e carinho com o próximo é o que nos ajuda a sobreviver no mundo, hoje”.    “Hora Amarela” – Desta sexta-feira (3) a 4/5, de sexta a segunda-feira, às 20h. No CCBB/BH (Praça da Liberdade, 450). Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia) Mais informações: 3431-9446 e 3431-9447.   *Colaborou Cássio Leonardo

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