Ignácio de Loyola Brandão lança em BH seu novo livro, no 'Sempre Um Papo'

Da Redação
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08/10/2018 às 17:30.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:52
 (GLOBAL EDITORA/DIVULGAÇÃO)

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Um dos intelectuais mais importantes do Brasil, Ignácio de Loyola Brandão assume várias frentes: é romancista, jornalista, contista, cronista, biógrafo, escritor de livros infanto-juvenis e não-ficção. Recém lançou “Desta Terra Nada vai Sobrar, a Não ser o Vento que Sopra Sobre Ela”, empreitada que o traz a Belo Horizonte nesta terça-feira (8), às 19h30, no auditório da Cemig, dentro do projeto “Sempre Um Papo”. 

Considerado um dos mais completos escritores da sua geração, com mais de 40 livros publicados, Loyola faz de sua nova obra(seu primeiro romance em 16 anos) uma narrativa que transcorre num futuro indeterminado, em que, ao nascer, todos recebem tornozeleiras eletrônicas, são seguidos, vigiados, fiscalizados por câmeras instaladas nas casas, ruas, banheiros. 

Nesta terra estranha, e ao mesmo tempo tão próxima de nós, a peste se tornou epidemia que dissolve os corpos. O contexto é catastrófico: a auto-eutanásia foi legalizada para idosos, e, para o governo, quanto mais longevos morrerem, melhor. 

No campo da política, os ministérios da Educação, Cultura, Direitos Humanos e Meio Ambiente foram extintos. As escolas foram abolidas. A política, matéria rara, se tornou líquida. Coexistem 1.080 partidos. E ninguém governa verdadeiramente. Uma nação moderna, mas arcaica. No meio disso tudo, conhecemos o desenrolar da história de amor entre Clara e Felipe, conturbada como o mundo em que vivem.

Assim, alinhavando encontros e desencontros, lembranças e esquecimentos, Loyola recolhe, funde e amplifica as vozes e experiências que se chocam num mundo em caos e desalinho, expondo os nervos das fragilidades e ambições humanas. E assim tece uma trama intensa e contundente. E altamente provocadora como as dos romances de nossa literatura que surgem para impactar gerações e gerações de leitores.

Assim, neste novo livro, Loyola eleva à máxima potência a distopia presente em dois livros fundamentais do escritor: “Zero” e “Não Verás País Nenhum”. Recentemente, o próprio autor, em entrevistas recentes, declarou sua surpresa ao constatar ao final da concepção do romance, sua ligação natural com as obras anteriores.

Serviço: Sempre Um Papo com Ignácio de Loyola Brandão, nesta terça-feira às 19h30 no auditório da Cemig (Rua Alvarenga Peixoto 1200– Santo Agostinho). Entrada Franca.

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