Instagram é transformado em exposição artística

Paulo Henrique Silva
27/11/2019 às 08:53.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:49
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

Você tem alma digital? A reposta surgirá num cubo instalado no pátio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na Praça da Liberdade, região Centro-Sul de BH. A exposição fica aberta ao público a partir de hoje. No espaço espelhado e com mais 40 monitores, chamado de “Museum of Me”, centenas de postagens no Instagram bombardearão o visitante por 1 minuto e 40 segundos.



​Além de fotos, as imagens exibem comentários, curtidas e emojis, numa espécie de imersão digital às suas memórias. A reportagem do Hoje em Dia conferiu a novidade na tarde de ontem. Para usufruir da melhor maneira a instalação, valem algumas dicas.

A mais importante é em relação ao mecanismo de acesso à ferramenta – só pode ser usado o Instagram. Porém, não estar conectado à rede nem chega a ser um problema. O visitante pode recorrer ao perfil do artista preferido ou de algum parente, desde que a página esteja em modo público. 

Poderão acessar o “Museum of Me”, ao mesmo tempo, o máximo de quatro pessoas. Dependendo da companhia, é fundamental ter cuidado com o que pode ser mostrado, como a foto de uma ex-namorada.

Como o chão é todo espelhado, a organização não permite que se entre com calçado. Levar um par de meia não é má ideia. Quem não a tiver, serão oferecidos protetores de pés. 

A boa notícia para quem não gosta de filas é se inscrever com um dos monitores e aguardar a chegada de uma mensagem sobre a proximidade da vez, enquanto passeia por outros espaços do centro cultural.
 

“MUSEUM OF ME” – Instalado no pátio central do CCBB (Praça da Liberdade, 450), cubo com um interior espelhado e recheado de telas em LCD exibe dezenas de fotos, vídeos, comentários e curtidas feitas num perfil de Instagram


O “Museum of Me” também pode mudar os nossos conceitos sobre o que é rede social. Felipe Reif, um dos sócios da CACTUS, empresa especializada na criação de experiências artístico-tecnológicas, destaca que, em outras cidades por onde passou, viu reações das mais diversas.

“Elas são tão distintas quanto o uso que fazem do Instagram. Cada um dá a sua cara e, dependendo do uso, as pessoas podem sair maravilhadas ao ter uma retrospectiva nostálgica e alegre de suas vidas ou sair querendo deletar metade das fotos porque ela notou que era um show de poses de biquini”, registra.

Reif salienta que escolheu o Instagram porque há uma estética que preza a experiência e uma curadoria mais cuidadosa das fotos, principalmente em relação ao Facebook, outra rede social muito utilizada que, na visão do empresário, acaba entrando numa seara mais política.

A viagem imersiva permanecerá em cartaz, de forma gratuita, até 29 de dezembro. 

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