
Mesmo com várias atrações interditadas e redução de público devido aos protocolos de segurança, a reabertura do Instituto Inhotim, neste sábado, traz uma sensação de alívio – tanto para o caixa do espaço, que teve que reduzir pessoal devido à perda de receita da bilheteria, quanto para um “público carente” do contato com a Natureza e com obras de arte, nas palavras do diretor-presidente Antonio Grassi.
“Estamos com bastante expectativa. Afinal, a gente está desde o dia 18 de março aguardando este momento. A gente vem sentindo há muito tempo que as pessoas têm uma carência, agora principalmente, de um lugar como Inhotim, onde você tem a possibilidade de estar interagindo com a Natureza e as obras de arte. Estamos sentindo que é o momento de suprir a carência destas pessoas”, observa.
Considerado o maior museu a céu aberto do mundo, a instituição volta a funcionar com capacidade reduzida a 10% de sua lotação. Localizado em Brumadinho, na Região Metropolitana de BH, o espaço receberá o máximo de 500 pessoas por dia, muito abaixo do que vem sendo exigido pelas autoridades sanitárias (metade da ocupação normal). O funcionamento será de sexta a domingo, além de feriados.
“Estamos trabalhando com este número mais reduzido até para a gente aprender a lidar melhor com este momento, tanto para receber visitantes quanto na relação com funcionários”, registra Grassi. Antes da pandemia, Inhotim podia receber até cinco mil visitantes/dia, com média de 350 mil frequentadores por ano. “Agora, próximos do final do ano, não dá nem para contar”.
O museu conseguiu se manter, nestes quase oito meses de fechamento, graças ao apoio de parceiros. Ainda assim, precisou dispensar 84 trabalhadores. “Resultou num novo formato de funcionamento e implicou em algumas decisões, em maio, quando demos prioridade aos funcionários de Brumadinho”, assinala. Hoje são 500 empregados, sendo 350 diretos.
Grassi lembra que o museu já vinha de dois “baques” muito fortes, com os casos de febre amarela, em 2018, e a tragédia do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, ano passado. “Nos dois casos, não houve demissão. Neste momento, como aconteceu com todas as instituições no mundo inteiro, fomos obrigados a nos mexer”.
Visitação será às sextas (9h30 às 16h30), sábados, domingos e feriados (9h30 às 17h30)
Apoio
A mineradora Vale ampliou o patrocínio, possibilitando cobrir a perda da receita de bilheteria no ano. Demais parceiros mantiveram o valor investido. Durante a pandemia, o trabalho continuou a ser feito por meio da mídia digital. “O momento foi difícil, mas acabamos aprendendo algumas coisas, principalmente em relação a este formato de atuação junto às nossas redes sociais”.
Entre os espaços que não estarão disponíveis, por exigirem maior interatividade com o público, destacam-se “Cosmococa”, de Helio Oiticica e Neville D’Almeida, “Marilá Dardot” e “Viewing Machine”, de Olafur Eliasson. As instalações abertas ao público terão, por sua vez, redução de lotação. Funcionários farão controle do fluxo de entrada e saída em cada espaço.
Protocolo de reabertura
A partir de 7 de novembro, a visitação acontece sextas (9h30 às 16h30), sábados, domingos e feriados (9h30 às 17h30).
É preciso retirar ingresso on-line via Sympla, com antecedência. Recomendamos o acesso prévio à página da instituição com o protocolo de saúde e segurança, que deve ser integralmente respeitado. Por lá estão regras como o uso obrigatório de máscara e especificações de funcionamento dos pontos de alimentação, circulação e transporte interno, galerias que estarão indisponíveis e capacidade de público em cada uma delas.
Para obter mais informações, além do site do Inhotim o público pode ligar para a central de atendimento: (31) 3571-9700.
O Instituto Inhotim tem o patrocínio máster da Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Ingressos Inhotim
Inteira: R$ 44
Meia: R$ 22
Na última sexta-feira de cada mês (exceto em feriados) a entrada é gratuita. Para quem puder visitar o Inhotim em mais de um dia, os passaportes estão com preços mais atrativos:
Passaporte 2 dias: inteira R$76 e meia R$38
Passaporte 3 dias: inteira R$106 e meia R$53
Moradores de Brumadinho cadastrados no programa Nosso Inhotim não pagam entrada no Instituto.
Têm direito a meia-entrada:
- Crianças de 6 a 12 anos;
- Idosos acima de 60 anos;
- Pessoas com deficiência e um acompanhante;
- Estudantes (devem apresentar carteirinha ou declaração de matrícula);
- Professores das redes formais pública e privada de ensino;
- Funcionários da Vale e até 3 dependentes (mediante a apresentação da carteirinha da AMS);
- Participante do Clube de Assinantes Estado de Minas mais um acompanhante (mediante a apresentação da carteirinha do titular);
- ID Jovem (devem apresentar carteirinha).