João Bosco e Orquestra Sinfônica de Minas: tempo de lembrar Vinicius de Moraes

Elemara Duarte - Hoje em Dia
20/12/2013 às 07:06.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:55
 (Maurício de Souza)

(Maurício de Souza)

João Bosco tem 41 anos de carreira. Já o maestro Marcelo Ramos também tem 41 anos – mas de vida. Assim, mesclando coincidências e experiências, é que o respeitado representante da MPB e o jovem comandante da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) sobem ao palco do Cine Theatro Brasil Vallourec amanhã e domingo. Eles vão homenagear o centenário de Vinicius de Moraes, padrinho musical de Bosco.

João Bosco diz que o encontro entre o popular e o erudito já é tradição na música nacional desde Villa-Lobos. O músico ressalta a importância dessas iniciativas e cita uma situação semelhante, quando participou do projeto “Sinfônica Pop”, no ano passado. “Vivemos em uma época digital. Nestes encontros, o público pode ter contato com outros timbres”, sugere o artista, que prepara, para 2014, um disco de inéditas.

Orquestra e músico vão interpretar os principais sucessos do Bosco, como “Papel Machê”, “Corsário”, “Medo de Amar”.

E é neste ponto que surge outra afinidade entre o maestro e o ícone da música popular. “Antes de ingressar na universidade, eu me aventurei na música popular e toquei na noite, em São João del-Rei, onde vivia. Toquei muito João Bosco, Djavan”, revela o maestro.

Ramos diz que essa experiência longe dos ambientes acadêmicos lhe deu um “bom ouvido pop”. “É preciso ter suingue para acompanhar este tipo de artista”, salienta.

Ao mestre

João Bosco também tem alguns mestres. Vinicius de Moraes certamente é o principal. Ainda estudante, em Ouro Preto, Bosco o conheceu no “Pouso do Chico Rei”, pousada onde o poeta e compositor tirava temporadas para descansar da boemia carioca.

Ali, no primeiro contato, compuseram “Samba do Pouso”. Aí, tudo começou a acontecer para Bosco. O show terá cinco músicas para homenagear Vinicius: “Garota de Ipanema”, “Rosa dos Ventos”, “Se Todos Fossem Iguais a Você”, “Água de Beber” e “Chega de Saudade”.

No primeiro encontro de Bosco com a orquestra, no Palácio das Artes, o comando do corpo de músicos foi feito pelo maestro Roberto Tibiriçá. Agora, as apresentações do fim de semana terão, a mais, o toque do repertório do “poetinha” e o encontro de gerações para que a memória não seja esquecida. 

João Bosco e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Amanhã e domingo, às 20h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça Sete). Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$30 (meia). 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por