Jornalista lança biografia sobre a história e o legado de um ex-padre

Pedro Artur - Hoje em Dia
03/11/2014 às 08:37.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:52
 (SYLVIO COUTINHO)

(SYLVIO COUTINHO)

Na sua estreia na literatura, como biógrafo, o jornalista Bernardo Fróes Bicalho refaz a história, a desventura e o legado deixados por Marcos Noronha, que largou a Igreja Católica, inconformado com seus rumos, embora nunca tenha abandonado ao longo da vida sua luta por um mundo mais justo e solidário.

Com esse mote, o livro “Marcos Noronha – Do Chão aos Sonhos” será lançado nesta segunda (3), a partir das 19h30, na Academia Mineira de Letras (rua da Bahia, 1466, Lourdes). O livro, que será vendido por R$ 30, tem prefácio do escritor e presidente da AML Olavo Romano. A entrada é franca.

Embora não tenha a pretensão de fazer comparações com o papa Francisco – que adota um discurso modernizador e rejuvenescedor da Igreja Católica –, Bernardo acredita que seu biografado já compartilhasse, tempos atrás, dos mesmos ensinamentos.

“Realmente, muitas das ideias defendidas pelo papa Francisco Marcos Noronha já defendia, como padre e bispo, pois era do povo e queria uma Igreja igualitária entre pobres e ricos”, argumenta o jornalista e escritor, portador de paralisia cerebral.

Marcos Noronha morreu aos 73 anos em 1998. Sua vocação apostólica foi despertada logo cedo. Aos 11 anos foi para o seminário. Foi ordenado padre e enviado para Guaxupé, onde exerceu vários cargos eclesiásticos e fundou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.

Em 1965 foi ordenado bispo de Itabira, permanecendo por cinco anos. Tempos depois, desgostoso com os rumos da Igreja – por querê-la mais igualitária –, largou-a.

Por ser muito próximo de Noronha, que era casado com a irmã da mãe dele, Bernardo decidiu contar sua história. “Ele foi uma pessoa muito importante e especial para mim e sei da importância dele para muita gente”.

Novos projetos

Após essa primeira incursão na literatura, o jornalista já tem novos projetos na cabeça. Ele pretende escrever outro livro, além de uma reportagem. “Fazer um livro sobre a fazenda construída pela minha bisavó e uma reportagem sobre o músico Mestre Jonas (morto em 2011)”, promete Bernardo, dono de um currículo já vasto, com pós-graduação em Comunicação e Cultura pela UNI-BH e Língua Portuguesa, pela PUC-MG. E já atuou como revisor de texto na Imprensa da Câmara Municipal de Belo Horizonte e na Prodigital, onde também fazia revisão de textos, edição de vídeos e atualização de site.
 

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