Jornalista Marco Antônio Lage lança o livro “O Mundo Pode Ser Melhor” nesta segunda

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
29/11/2015 às 14:48.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:08
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

O jornalista Marco Antônio Lage, diretor de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), lança nesta segunda-feira (30), a partir das 19h, na Casa Fiat de Cultura (Circuito Praça da Liberdade), o livro “O Mundo Pode Ser Melhor”. A obra descreve como moradores do bairro Jardim Teresópolis, Betim, tiveram as vidas transformadas após passarem pelo programa social Árvore da Vida, desenvolvido pela FCA há mais de 10 anos. Lá, tiveram aulas de canto coral, percussão, cinema e grafite.

 

Confira, a seguir, uma entrevista com Marco Antônio Lage:

Em que momento a ideia de passar a experiência do programa para o livro se deu, e qual foi o objetivo?

As histórias emocionantes de transformação das pessoas que passaram pelo Árvore da Vida e da realidade do Jardim Teresópolis foram a minha inspiração para escrever um livro. Esse desejo se materializou quando iniciamos o projeto para comemoração dos 10 anos do Árvore de Vida. Mais do que mostrar os números de beneficiados e a melhoria dos indicadores de qualidade de vida, eu quis compartilhar essas histórias de vida, que são inspiradoras. O livro é exatamente isso.

 

Em meio a tantas histórias, qual a que mais te tocou?

Todas me marcaram muito, sem exceção. São histórias de homens, mulheres, jovens, crianças, idosos. Pessoas batalhadoras e vitoriosas. Vou citar aqui a trajetória do Seu Bené, que foi uma das primeiras pessoas da comunidade do Jardim Teresópolis a acreditar no Árvore da Vida e arregaçou as mangas para fazer o programa dar certo. Ele nasceu na Bahia, mas resolveu tentar a vida em outro estado. Juntou as coisas e partiu com a mulher e seus filhos pequenos para Minas Gerais. Chegou em 1980 no Jardim Teresópolis, atrás do sonho de conseguir a casa própria. O bairro não tinha luz nem água. Era barro na porta. Sua família teve que carregar muita lata d’água na cabeça. Foi nessa condição que, em 2004, recebeu a primeira visita de uma representante do Árvore da Vida. Desde então, ele não sossegou mais. Andava de casa em casa procurando aluno para os projetos, convencendo os pais. Há uma frase dele que me marcou muito: ‘Esse programa salvou os garotos do Teresópolis’. Hoje, Seu Bené tem 74 anos e continua firme, fazendo a ponte com a comunidade. Até hoje, quando tem curso, ele sai pelo bairro chamando os meninos para a inscrição. Vários netos do Seu Bené participaram das atividades do Árvore da Vida. Em uma única família, várias pessoas compartilharam experiências no programa.

 

Na esteira do que já aconteceu em outros países, o Brasil vive uma crise que, claro, se espraia por vários segmentos da indústria - e a automotiva, evidentemente, não fica imune. Esse panorama, de alguma forma, afeta o programa? Que saídas estão buscando?

O Árvore da Vida envolve cada vez mais parceiros, em uma união multissetorial que vem sendo construída há 10 anos, buscando o desenvolvimento do território. Nossos fornecedores que conheceram o programa ficam encantados e aderem a ele, apoiando-o de diversas maneiras. Um exemplo é a Aethra, uma das principais empresas de estamparia da FCA, que tem se dedicado à construção da nova sede do Árvore da Vida.

Além disso, decidimos criar o Instituto Árvore da Vida com o objetivo de fortalecer, ainda mais, o engajamento da comunidade, que passa a responder efetivamente por toda a gestão. É um projeto de todos nós!
 

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