Justiça e poder no Brasil colonial é tema de palestra na Academia Mineira de Letras

Pedro Artur - Hoje em Dia
11/06/2014 às 08:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:57
 (Academia Mineira de Letras)

(Academia Mineira de Letras)

O período colonial em Minas Gerais é objeto de detalhado estudo dos historiadores por sua vasta riqueza cultural e política, a exemplo da Inconfidência Mineira. Mas existem outros aspectos do período de domínio português que despertaram igual interesse na pesquisa histórica, como o poder e a justiça. A valiosa região mineradora foi palco de conflitos entre dominador e dominados.

Este é apenas um dos recortes da palestra que o presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Arno Wehling, faz nesta quarta-feira (11) com o sugestivo tema: “Poder e Justiça no Brasil Colonial”. O evento acontece a partir das 19h na Academia Mineira de Letras (rua da Bahia, 1466, Centro), dentro do projeto “O Autor na Academia”. A entrada é gratuita.

“É importante estudar a evolução do poder. A história de Minas Gerais é rica no período colonial em relação a essas questões de justiça e poder”, assinala Wehling.

Professor e historiador, com obras publicadas, ele destaca que os conflitos na região mineradora exigia bastante dos agentes da coroa portuguesa. “Há muitos exemplos da atuação de ouvidores (magistrados) portugueses na região mineradora e de juízes de fora (outros magistrados) na sociedade mineira, como em Vila Rica, Sabará, Mariana e São João del-Rei. A análise dessas intervenções revela muito embate entre a população local e as autoridades portuguesas”, observa o historiador.

Livro e certificado

Nesta quarta-feira (11), na Academia, o seu livro “Formação do Brasil Colonial” (Editora Nova Fronteira) será vendido ao preço simbólico de R$ 5, culminando com noite de autógrafos. Além disso, universitários receberão certificado de participação, com discriminação de carga horária.

Aos 67 anos, o historiador, de ascendência alemã, considera importante o debate. “Como professor sempre tive contato com o público. De repente, uma boa pergunta desperta para um outro ângulo da história que não tinha ainda sido pensado”, explica Arno Wehling.

Casa da suplicação

Atualmente, o historiador trabalha na pesquisa sobre a Casa da Suplicação, a antecessora do Supremo Tribunal Federal (sobre a história da Justiça e do Direito no Brasil), e cujo livro será lançado no final deste ano ou no início de 2015.

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