Kiss leva aos mineiros sucessos e muita pirotecnia

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
23/04/2015 às 23:29.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:45
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

O repertório foi o mesmo apresentado em Curitiba e Florianópolis. Os efeitos de iluminação, canhões de fumaça e papeis, os voos dos integrantes, a interação com o público de acordo com o que esperavam os fãs. Mesmo assim, foi impossível não sair do Mineirinho com a sensação de ter presenciado uma apresentação incrível.

Frente a 7 mil pessoas, o Kiss mostrou porque entrou para a história do rock como uma banda de incrível poder midiático. Não há um único momento entre as 16 faixas em que o palco não tenha alguma interferência de efeito especial.

Os momentos mais marcantes foram aqueles protagonizados pelos dois fundadores da banda. Após “Lick it Up”, Gene Simmons ficou sozinho no palco e explorou a teatralidade de seu personagem demoníaco. Tirou barulhos do baixo, cuspiu “sangue” e “voou” até a parte mais alta do palco, onde emendou “God of Thunder”.

Já Paul Stanley (em belíssima forma, por sinal) conclamou o público a chamá-lo para um voo até uma plataforma localizada em frente à pista normal. Ao som de ”Love Gun”, o guitarrista chamou todas as atenções do público ao voar em um tirolesa feito ao estilo Kiss. O retorno ao palco foi ao som de outro clássico, “Black Diamond”.

Pouco antes, ele dividiu a plateia ao levantar a bandeira do Atlético, recebendo muitas vaias dos cruzeirenses presentes. Stanley, sempre muito comunicativo, também  estimulou a “rivalidade” de Belo Horizonte com as próximas paradas da turnê (Brasília  e São Paulo), exigindo uma participação maior do público.

A qualidade do som deixou muito a desejar no início, deixando “Detroit Rock City” praticamente inaudível, mas foi melhorando no desenrolar do show. O Kiss apostou principalmente nas músicas mais “pesadas”, abrindo mão das baladas mais famosas – com exceção de “Black Diamond”.

Num show em que nunca se ouviu tantas vezes o nome de Belo Horizonte, o repertório passeou especialmente pelo início da trajetória do grupo, enfatizando os discos “Psycho Circus” e “Creatures of the Night”. O encerramento foi apoteótico, com  chuva de papel picado e explosões ao som de “Rock and roll all Nite”.

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