Leoni e Léo Jaime celebram amizade frutífera em show que chega a BH neste sábado

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
18/07/2018 às 17:53.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:28
 (Carol Warchaysky/Divulgação)

(Carol Warchaysky/Divulgação)

"As cores, figuras, motivos / O sol passando sobre os amigos /Histórias, bebidas, sorrisos / E afeto em frente ao mar”. Os versos de “Fotografia”, uma das tantas colaborações entre Leoni e Léo Jaime, ilustra bem a amizade dos dois artistas. A música deu nome ao espetáculo que celebrou pela primeira vez essa parceria, em 1998. Vinte anos depois, os compositores que cravaram seus nomes na história do pop rock nacional voltam a dividir o palco. O novo show, que recebe o nome bem-humorado de “Leoni & Leonardo”, chega a Belo Horizonte neste sábado (21), no KMV Hall. 

Leoni conta que conheceu Léo Jaime em uma apresentação de sua antiga banda, João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, no início dos anos 80. “O show terminava com todos eles nus, jogando as roupas para a plateia. Ali, conheci o Léo, um cara agregador, amigo de todo mundo”, relembra. “Em outro show dos Miquinhos, em que tocamos com o Kid Abelha, havia um olheiro da Warner, que nos convidou para gravar pela primeira vez”, completa.

Amizade

A amizade se fortaleceu tanto que, em 1984, os dois moraram juntos. “As parcerias começaram a acontecer quando dividíamos o mesmo apartamento. Até porque tanto um quanto o outro compunham incessantemente”, conta Léo Jaime. “Neste apartamento, assisti Leoni e Cazuza escrevendo ‘Exagerado’ e fiquei tentando me meter para entrar na parceria, mas eles vetaram”, diverte-se.

A partir dali, vieram diversas colaborações de sucesso, celebradas no show “Fotografia”. “Foi um show intimista, só nós dois, voz e violão”, diz Leoni. “Foi muito importante para mim, aprendi muito com o Léo. Eu era um cantor de banda de rock e, ele, um performer. Fiquei mais à vontade no palco, mais expansivo. E acho que agora, de alguma forma, retribuo a ele, já que continuei com a música e o Léo foi para outros caminhos”, afirma.

Celebração

Sobre o reencontro, Léo traça diferenças. “Agora somos uma banda. Leoni no baixo, eu na guitarra. Ele canta umas, eu canto outras, a gente canta algumas juntos, mas não saímos do palco. Não são dois artistas, é uma banda que tem dois artistas”, sublinha, lembrando que a banda é composta, também, por Ricardo Palmeira (guitarra), João Pompeo (teclados) e Alexandre Fonseca (bateria).

No repertório, 29 canções que marcam a caminhada dos dois, como “Solange”, “Fixação” e, claro, “Fórmula do Amor”. “Só tem uma inédita, a ‘Fórmula do Amor II’, que revisita o tema da música original, 30 anos depois”, conta Leoni. “O que descobrimos com a vida é que essa fórmula não existe e é bom que não exista, pois parte de uma idealização de que é possível controlar as pessoas e as situações. E o amor não é isso. O maior inimigo de um grande amor é o amor idealizado”, reflete. 

Léo Jaime festeja a oportunidade de estar no palco novamente com o amigo e lembra que os dois se complementam artisticamente. “Leoni é um grande melodista e letrista caprichoso. Eu sou mais intuitivo, vou soltando as palavras sem pensar muito para ver se alguma encaixa. É muito confortável e divertido tocar com ele”, diz. “É um espetáculo que tem muito afeto e que nos reconectou. A vida nos afastou muito e, com esse show, voltamos a nos encontrar, a sair para jantar e beber juntos. E as amizades mais legais são essas, que você fica anos sem ver a pessoa e, quando a encontra, está tudo igual”, conclui Leoni.

Serviço: “Leoni & Leonardo”. Sábado (21), às 21h, no KMV Hall (Av. Nossa Senhora do Carmo, 230 – São Pedro). De R$ 40 a R$ 140. 

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