Livreiros entregam manifesto contra corte de verba do governo

Leida Reis - Hoje em Dia
03/07/2015 às 20:37.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:45
 (André Conti / Divulgação)

(André Conti / Divulgação)

PARATY - No meio de uma festa literária em que o escritor é quem faz o show, os livreiros do Brasil tentam reverter a decisão do governo federal de cortar o orçamento do Programa Nacional Biblioteca da Escola. Um manifesto assinado pela Câmara Brasileira do Livro, Associação Nacional de Livrarias e Liga Brasileira de Editoras foi entregue ao secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL), José Castilho, e à senadora Fátima Bezerra (PT-RN), presidente da Frente Parlamentar pela Educação e Cultural.    Enquanto Castilho disse ser signatário do documento, também preocupado com a continuidade das políticas de incentivo à leitura, a senadora prometeu marcar uma reunião entre os livreiros e os ministros da Educação, Renato Janine Ribeiro, e da Cultura, Juca de Oliveira, para tratar do corte orçamentário.    “Vou levar esse manifesto às comissões de Educação do Senado e também da Câmara para que aprovem requerimentos solicitando que o governo reverta a decisão”, afirmou a senadora. O manifesto, que ela chamou de “legítimo e oportuno”, traz trecho do Manifesto por um Brasil Literário, do escritor mineiro Bartolomeu Campos de Queirós, em que ele defendia que o livro esteja em todos os ambientes por onde circulam crianças.   De acordo com o documento, se apenas 25% dos brasileiros alfabetizados são leitores plenos, a suspensão da compra de livros pelo governo federal afeta não só a cadeia produtiva do livro, como causa “prejuízo incalculável a milhões de crianças e jovens brasileiros, que deixarão de receber livros de literatura em suas escolas”.   Nem os contratos assinados em 2013 nem os de 2014 foram honrados pelo Ministério da Educação, que neste ano suspendeu a compra de obras literárias. O corte é menos que 1% do total de R$ 9,4 bilhões contingenciados pela União.     A senadora petista é autora também do projeto que fixa o preço do livro, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.    Assinaram o manifesto também a Associação Nacional de Editoras de Livros Escolares e o Sindicato Nacional de Livreiros, além dos presentes no debate ontem à noite, na Casa Libre, em Paraty. 

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