Luizinho Lopes conta com timaço de artistas para comemorar 40 anos de música

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
01/06/2020 às 13:57.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:39
 (Humberto Nicoline/Divulgação)

(Humberto Nicoline/Divulgação)

Em 1982, no programa Som Brasil, da Rede Globo, Luizinho Lopes apresentava um diálogo entre um opressor e um oprimido por meio da música “Vice-Versa”. Canção esta que se mantém atemporal, sob nova roupagem, tendo Andrea Monfardini representando a “voz sufocada”, no álbum “Dossiê40”

Disponibilizado nas plataformas digitais, o disco celebra os 40 anos de carreira do cantor, instrumentista e compositor mineiro e funciona como síntese do trabalho de um artista hábil em crônicas musicais que retratam a realidade brasileira.

Essa mescla de perspicácia e destreza se vê inserida nas 19 faixas desta obra, entre elas a já citada “Vice-Versa” e a também cirúrgica “Falas Perdidas”.

“’Dossiê’ é uma música minha que compus em 1988, e a escolhi como título deste álbum. Muita música ficou fora, mas houve vários critérios para esta seleção”, explica Luizinho.

Neste play comemorativo, ele conta com músicos renomados e emergentes. A lista compreende Bré Rosário (percussão), Daniel Drummond (violão de aço), Dudu Lima (contrabaixo), Leandro Scio (bateria), Ricardo Itaborahy (piano, acordeom e voz), Eusebio Monfardini (piano), Andréa Monfardini (voz) e Elisa Bara Zaghetto (voz).

“Logicamente tinha outros músicos que eu também gostaria que participassem deste trabalho, mas os que aparecem nele estão entre os que mais gosto. Tenho um orgulho danado de contar com todos eles. No palco, foi uma irmandade, rolou muita energia”, resume.Humberto Nicoline/Divulgação

Trajetória

Nascido em Pirapora e formado em engenharia na Universidade Federal de Juiz de Fora, Luizinho Lopes iniciou sua carreira profissional em São Paulo.

“Adorava tocar na noite da cidade, mas comecei a me cansar, porque eu ficava chateado por não poder tocar tantas músicas próprias. Os donos (dos estabelecimentos) me diziam para tocar músicas conhecidas de outros autores. Eu também dava aula de violão e de matemática para conseguir sobreviver na Grande São Paulo. Aí voltei para Juiz de Fora”, relembra.

Depois disso, se tornou auditor fiscal na Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais, mas não deixou a veia musical de lado. “Antes do concurso público, eu já tinha um disco. E depois, fiz mais seis”, diz.

Planos

Após lançar “Dossiê40”, ele mira outros projetos. “Estou compondo e escrevendo durante esta pandemia. Tenho um projeto na cabeça, mas ainda não posso falar sobre ele. E farei um trabalho em cima do livro do Luiz Ruffato, chamado ‘A História Verdadeira do Sapo Luiz’, que venceu o Jabuti de 2015 na categoria infato-juvenil. Será uma peça musical, e as músicas serão minhas”, conta.Reprodução capa

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por