Música colonial brasileira e antiga norteiam festival em Juiz de Fora

Pedro Artur - Hoje em Dia
10/07/2014 às 07:35.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:19
 (Eugênio Sávio)

(Eugênio Sávio)

    Às vésperas de mais um Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, Juiz de Fora já respira música de qualidade. A 25ª edição começa oficialmente na segunda-feira, mas uma sinfonia de Ludwig Van Beethoven (1770-1827) será gravada entre esta sexta-feira (11) e domingo, com instrumentos de época. O trabalho faz parte do 15º CD da Orquestra Barroca do Festival, que será lançado em dezembro. Mas o público poderá conferi-lo, ao vivo, na abertura do evento, às 20h30, no Cine-Theatro Central.   Este ano, a Orquestra Barroca do Festival, sob a regência do maestro Luís Otávio Santos, grava a Sinfonia n.1, op 21, em Dó maior, de Beethoven. O CD também contempla a Sinfonia n. 40 KV 550, em sol menor, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Já o repertório nacional ganha espaço com a abertura da ópera “Zaíra”, de Bernardo Souza Queiroz.   Para o vice-presidente do Centro Cultural Pró-Música, Júlio César de Souza Santos, é importante destacar dois aspectos dessa gravação e do CD, que será distribuído gratuitamente. “Duas coisas de relevância. Primeiro: a evolução constante no trabalho desenvolvido pela Orquestra Barroca; ela teve origem em interpretar períodos barrocos e já avançou para o clássico, passando por Mozart e chegando a Beethoven, seu representante máximo. E o outro: a iniciativa única no país e, pode-se dizer, na América Latina. Não existe uma orquestra musical que faz esse repertório com esses instrumentos de época, do período barroco”, ressalta.    No ano passado, a Orquestra Barroco gravou “Réquiem” de Mozart, além de já ter contemplado seus ouvintes com interpretações de Bach, Rameau, Haydn, Padre José Maurício e Emerico Lobo Mesquita, sempre com instrumentos de época.     Cidade ocupada   E este é apenas um dos mais de 30 concertos (vespertinos e noturnos) que integram o Festival, que acontece até o dia 27 deste mês, nas ruas, igrejas, teatros e ao ar livre, desde o Calçadão da rua Halfeld até a Concha Acústica da UFJF. Todos gratuitos.    Realizado desde 1989, o Festival é realizado pela UFJF, através do Centro Cultural Pró-Música. Júlio César Santos avalia que, após todos esses anos, o Festival já está inserido no mercado cultural nacional. “Principalmente pela particularidade do festival, por sua temática de música antiga e colonial. Quem tem interesse comparece em Juiz de Fora. É um público altamente preparado, sempre temos casa cheia”.     SAIBA MAIS   Serão 14 dias de programação   Quase 50 músicos (entre eles, dez estrangeiros) vão ministrar cursos, palestras e master class.   Inscrições no site www.promusica.org.br, até a véspera, dependendo da disponibilidade de vagas.    O Pró-Música/UFJF oferece alojamento gratuito para os 150 primeiros inscritos. Já os 200 primeiros alunos que solicitarem, na ficha de inscrição, auxílio-alimentação receberão o benefício sem custo.   Durante os 14 dias, às 19h30, Rodolfo Valverde falará sobre o programa que será executado e sobre o grupo/ artista que se apresenta.   O 10º Encontro de Musicologia Histórica acontecerá entre os dias 18 e 20 no Museu de Arte Moderna Murilo Mendes.

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