Renato Teixeira fará, pela primeira vez na carreira, show no formato voz e violão

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
19/11/2021 às 08:13.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:17
 (Luiz Tripolli/ Divulgação)

(Luiz Tripolli/ Divulgação)

Consagrado na última década, o estilo banquinho e violão é a tônica da programação cultural deste fim de semana em Belo Horizonte. No palco, dois grandes nomes da MPB: Adriana Calcanhotto (hoje) e Renato Teixeira (sábado). Em tempos de pandemia, apresentar-se acompanhado apenas do violão ganhou outras motivações, que vão do aspecto financeiro à preocupação sanitária, além de significar um recomeço. É o caso do criador de “Amanheceu, Peguei a Viola”.

O refrão da música de Renato Teixeira, que diz ter botado o instrumento na sacola e saído para viajar, simboliza o sentimento do artista com a gradual reabertura das casas de espetáculos no país. “Tem muito a ver com o momento. Eu poderia levar os três músicos que geralmente me acompanham, que era o meu formato econômico, mas dessa vez eu os dispensei para fazer algo mais pessoal e sentimental”, registra. 

No show deste sábado, no Grande Teatro do Palácio das Artes, será a primeira vez dele no formato voz e violão. “Pedi para me deixarem ir sozinho devido à minha história com Minas. Perdi muitos amigos mineiros para a pandemia. Tem tudo para ser um momento emblemático”, assinala. Ele avisa que não está inventando nada, sendo uma escolha de muitos artistas (lembra de Nando Reis, Geraldo Azevedo, Caetano Veloso e Gilberto Gil) para se criar uma intimidade maior.

“É uma opção para quem tem uma história dentro da música, com várias canções conhecidas. No meu caso, é uma forma de mostrar o universo que represento, com as suas peculiaridades”, destaca. Outra razão levantada por Teixeira é o papel assumido pela música nacional desde os anos 60, abraçando a poesia. “Temos grandes escritores e cronistas, mas a poesia foi mais para o lado da música. O Chico é um bom exemplo disso”.

A música do cantor se encaixa nesse universo poético, “carregada de muito texto”. Para ele, num show voz e violão, o público poderá “ouvir o que estou dizendo e sentir, no lugar de ficar escutando um monte de som em volta”. E nada mais oportuno do que começar a enveredar por essa tendência no Palácio das Artes, do qual é um velho conhecido. “Cheguei a apresentar aí antes do incêndio do Grande Teatro, ocorrido em 1997”, relembra, puxando da memória.

Sobre o repertório, nada fechado ainda. “Conforme o show vai ficando mais próximo é que começo a pensar sobre o que preciso dizer e quais músicas devo cantar. Vou pensar em mim e no público do teatro. Em cima dessa imagem que criarei na cabeça é que vou selecionar as músicas”, explica. Algumas que não tocava há bastante tempo poderão voltar ao setlist. Sem falar, claro, nos clássicos. “Elas são importantes porque me representam. O fato de existirem é que me credenciam”.

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