‘Magia ao Luar' ressalta carisma de Emma Stone e mostra um Colin Firth divertido

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
26/01/2015 às 08:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:47
 (Divulgação)

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A finitude sempre foi uma qusetão a permear, de uma forma ou de outra, os filmes de Woody Allen, que nunca fez questão de maquiar, junto a seu público, o quanto essa “única certeza” do ser humano na Terra o perturba. Em sua mais recente investida no mercado, “Magia ao Luar”, que chega agora às locadoras, o tema dá o ar da graça na forma como uma charmosa clarividente, Sophie (Emma Stone), em plenos anos 20, se infiltra no seio de uma família milionária, seja fornecendo alento a Grace (Jacki Weaver) ao, hipoteticamente, se comunicar com o marido já falecido, seja, num plano mais carnal, na sedução que exerce sobre o herdeiro, Brice (Hamish Linklater) – que não poupa esforços (e dinheiro) para satisfazer caprichos da moça.

Mas não, nem tudo se envereda célere para um final feliz. No meio do caminho há uma irmã de certa forma incomodada com o iminente novo membro de sua tradicional família, e um amigo, o mágico Howard (Simon McBurney), que decide colocar os dons da moça à prova, convocando seu colega de profissão, Stanley Crawford (Colin Firth, para quem o tempo parece não passar), que, além de brilhar nos palcos encarnando um ilusionista chinês, Wei Ling Soo, é tido como um especialista em desmascarar picaretas que insistem em dizer que se comunicam com mortos.

Cético atávico, visceral, Stanley parte para o idílico sul da França (prepare-se para cenas maravilhosas, de colorações poéticas), onde a família está hospedada, convicto de que mostrar o que pondera ser o verdadeiro caráter de Sophie aos crédulos Grace e Brice não será nem de longe uma tarefa hercúlea. Só que não.

Já de cara Sophie é magnetizada pelo charme daquele que confessadamente é seu inimigo, o homem que pretende ser o seu detrator, e colocar um ponto final em seu sonho de criar, a partir do dinheiro do apatetado Brice, uma fundação. Stanley, por sua vez, começa a colocar em xeque suas convicções pessimistas a respeito da existência de um outro mundo ao não conseguir decifrar truques da garota, como a vela que se eleva na mesa em torno à qual os familiares “se comunicam” com o marido de Grace, ou as batidas com as quais o espírito do falecido assente ou não às perguntas que seu núcleo lhe faz.

Longe dos diálogos brilhantes da maioria de seus filmes, “Magia ao Luar” resiste a uma crítica mais impiedosa por conta dos atores – e das já citadas belíssimas paisagens.

Assista o trailer:

 

 

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