Mais maduros, Nação Zumbi lança mais um disco de estúdio

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
24/05/2014 às 14:41.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:43
 (Vitor Salerno)

(Vitor Salerno)

Em 2012, os fãs da Nação Zumbi ficaram ansiosos ao saber que a banda havia entrado para o estúdio para gravar com os bem conceituados produtores Kassin e Berna Ceppas. Mas logo veio o balde de água fria. A banda preferiu lançar o DVD “Ao Vivo no Recife” e se dedicar a projetos paralelos – especialmente Pupillo, Dengue e Lúcio Maia, que fizeram uma turnê de dois anos com Marisa Monte. Houve ainda o projeto da gravadora Deckdisc, “Mundo Livre SA vs Nação Zumbi”.

Demorou, mas o novo “Nação Zumbi” chegou às lojas – sete anos após “Fome de Tudo”. O álbum, patrocinado pela Natura Musical, conta com a distribuição do selo Slap, da Som Livre.

A sonoridade da banda pernambucana mantém o pezinho no Manguebeat, mas de uma forma mais suave e madura. “É um disco mais harmônico, melódico. A maturidade musical veio como uma evolução natural. O fato de todos termos projetos paralelos contribui para a banda ter um novo olhar. E não é só a música que nos influencia, como também cinema, quadrinhos, literatura e contato com nossos amigos”, afirma o vocalista Jorge du Peixe, que nos últimos anos também se dedicou ao projeto musical Afrobombas.

Ele explica que, embora a maior parte das gravações tenha acontecido em 2012, muitas alterações foram feitas ao longo de um ano e meio. A principal delas foi em “A Melhor Hora da Praia”, que já estava gravada na voz de Du Peixe, mas ganhou participação de Marisa Monte no início do ano. “Ela topou na hora, disse que adoraria cantar uma ciranda, especialmente após ter cantado com Lia de Itamaracá (baiana referência no gênero)”.

“Nação Zumbi” é lançado exatamente no momento em que a banda celebra 20 anos do álbum de estreia, “Da Lama ao Caos” – consequentemente, duas décadas de impacto musical provocado pelo Manguebeat. “Até hoje quando o escuto, percebo um detalhe novo. É um disco sempre atual”, opina Jorge que, naquele início com Chico Science (íder do grupo, falecido em 1967, em um acidente de carro, aos 30 anos), fazia parte da percussão.

“Mostramos que era possível fazer um bom rock sem cantar em inglês. Na época, apareceram várias propostas, como Skank, Planet Hemp e Raimundos”. O novo show, com cerca de cinco músicas novas e um momento dedicado a “Da Lama ao Caos”, chega a BH no dia 30 de agosto (no Chevrolet Hall).

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