Marcelo Jeneci apresenta show solo em Belo Horizonte nesta quinta-feira

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
31/10/2018 às 19:01.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:33
 (  Clipiaria/Divulgação)

( Clipiaria/Divulgação)

“Só a arte cura. A arte é o antídoto para este momento tão cheio de intolerância e belicosidade. Precisamos explodir em cor o que explode em dor. No caminho da arte não tem linha reta. A arte são os fios sensoriais e transcendentais que sustentam o planeta, essa pedra que flutua”. A reflexão é do cantor, compositor e instrumentista Marcelo Jeneci, que volta a Belo Horizonte nesta quinta-feira (1º). O paulistano apresenta o show Jeneci Solo n’A Autêntica, que tem abertura do músico e sócio da casa, Leo Moraes. 

Segundo Jeneci, o formato solo proporciona uma apresentação intimista cuja conexão com o público é intensa e afetiva. “O show solo me coloca em ultra-exposição e em contato direto com a força espiritual, ritualística e festiva de uma reunião com música. Quando subo no palco sozinho, sinto que o show fica mais catártico do que quando estou com uma super estrutura de corpo de espetáculo”, reflete. 

“É uma situação mais profunda, mais íntima e com mais afeto, no sentido de afetar o outro. Vira um pouco a extensão da sala da minha casa. E o fato de eu compor, cantar e tocar as minhas músicas me dá essa autonomia. A relação deixa de ser com a banda e passa a ser com a plateia”, continua o músico, que toca sanfona, teclados e pilota as programações. “Faço também beat box para soltar loopings e ajudar nos grooves. Crio um ambiente invertido, em que a plateia é o palco”, completa. 

O repertório do show mistura músicas inéditas a faixas dos dois discos de Jeneci, “Feito pra Acabar” (2010) e “De Graça” (2013). “Também vão vir músicas do terceiro disco, que ainda será lançado”, revela o artista. Entre as canções dos outros álbuns, estão conhecidas do público como “Felicidade”, “Pra Sonhar”, “O Melhor da Vida”, “Quarto de Dormir” e “A vida é Bélica”. “Estou muito feliz de voltar a BH, onde tenho muitos amigos. Reverencio a doçura e a simplicidade do mineiro, um povo que tem muitas virtudes humanas. É sempre uma data que, quando aparece, fico contando os dias para chegar logo”, afirma.

Ainda sobre o momento atual do país, Jeneci defende ser necessária “toda a música que vier para curar, acolher e elucidar”. “Eles podem roubar o que quiserem, mas nunca roubarão nossa voz. Tem uma frase indígena que diz: ‘Nós somos aqueles por quem estávamos esperando’. Então, me sinto mais responsável e despertado sobre o que está acontecendo no Brasil do que em qualquer outro momento”, finaliza.

Serviço: Marcelo Jeneci Solo. Abertura: Leo Moraes. Quinta-feira (1º), às 22h, n’A Autêntica (r. Alagoas, 1.172 – Funcionários). Ingressos: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia).

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