(Pedro Dimitrow / Divulgação)
Marco Luque avisa: não gosta de fazer humor com a desgraça alheia. Mas não, não vê essa preocupação como uma autocensura. “Acredito que seja mais uma questão de estilo – e penso que cada humorista tem o seu. Mas, particularmente, não gosto muito dessa fiscalização politicamente correta em cima do humor”, diz ele, que volta a BH para única apresentação do solo de humor “Tamo Junto”, hoje, a partir das 20h, no Cine Theatro Brasil Vallourec.
O “Tamo Junto” estreou em 2009. Na época, Marco havia saído do “Terça Insana”. “Estava mais focado no ‘CQC’, mas a paixão pelos palcos me levou de volta ao teatro”, relata.
Observador
Como no elenco do “CQC” havia alguns colegas que seguiam a linha do stand up, ele resolveu experimentar também. “E achei o máximo”, diz o ator. Com relação ao texto, Luque diz que os temas são baseados em fatos reais e “em coisas que percebo no dia a dia”. “Ele já segue um roteiro definido, o que muda é o amadurecimento das piadas, às vezes a gente testa uma coisa aqui e outra ali até achar o timing correto da piada”.
Atento, Luque conta que sempre pede, em suas apresentações, uma iluminação que lhe permita observar a reação da plateia. “E isso é fantástico! Às vezes, você percebe um casal e, nitidamente, o marido ou namorado não esta lá por livre e espontânea vontade. Às vezes ele preferia estar assistindo a uma partida de futebol ou outra coisa, mas não, esta lá, sentado ao lado da esposa que está se retorcendo de tanto dar risada. Está lá, sério, concentrado em não rir – e eu sei que, em algum momento, ele vai acabar rindo. Fico só esperando a hora que isso vai acontecer – e sempre acontece. Em algum momento, ele vai rir. Aí, depois, não dá mais pra segurar”, assegura.
“Tamo Junto” – Hoje, às 20h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça Sete, Rua dos Carijós, 258). Plateia I: R$ 90 e R$ 45 (meia); Plateia II: R$ 80 e R$ 40 (meia)