Maria Bethânia e Zeca Pagodinho fazem na capital mineira neste sábado (5)

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
03/05/2018 às 19:31.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:39
 (DARYAN DORNELES/DIVULGAÇÃO)

(DARYAN DORNELES/DIVULGAÇÃO)

Assim que Maria Bethânia terminou a participação especial no CD e DVD “O Quintal do Pagodinho”, lançado em 2016, o anfitrião Zeca Pagodinho louvou a parceria musical dizendo em alto e bom tom: “Agora sou eu e ela. Ninguém quebra mais. Xerém e Santo Amaro”, citando os locais de origem da dupla de intérpretes.  “Foi um encontro muito forte, uma festa”, lembra a artista nascida no interior baiano, um lugar não muito diferente do município fluminense onde o cantor do sucesso “Deixa a Vida me Levar” tem sítio. Dois anos depois, esse elo se tornou mais forte com a turnê “De Santo Amaro a Xerém”, que chega neste sábado (5) ao Km de Vantagens Hall. “ (O show) É a reunião desses interiores, dessas dores, desses amores. Lembranças que envolvem muitas coisas – situações, dificuldades, atualidades, tudo. Amamos a música, o samba, que é a raiz de toda a música popular brasileira, apesar de nossos estilos diferentes”, observa Bethânia, num resumo amoroso do dueto. Ela vê no compadre um cantor “especializadíssimo” em samba, de grande conhecimento e inteligência no momento de escolher seus autores, novos ou antigos. “Além disso, ele é também compositor. Eu sou apenas intérprete. Interpreto tudo, misturando samba, balada. Como meu irmão (Caetano Veloso) acertadamente disse: canto o que eu quiser”. Novas e antigasA apresentação é dividida por momentos em que soltam a voz juntos e sozinhos. Separados, exibem alguns de seus grandes hits, como “Negue” e “Reconvexo”, do lado da baiana, e “Maneiras” e “Verdade”, na parte de Pagodinho. Em dueto, repetem a experiência de “O Quintal do Pagodinho”, cantando “Sonho Meu” e “Deixa a Vida me Levar”. A dupla foi presenteada com três canções inéditas, uma delas assinada por Caetano, “Amaro Xerém”, escolhida para encerrar o show. “Ele estava três anos sem compor. Eu pedi (para fazer uma música) e ele aceitou. Para mim, Caetano não compunha há cerca de 20 anos. Mas não posso reclamar. Ele fez muitas músicas bonitas para mim lá atrás”, sublinha. Bethânia, que faz de cada apresentação uma espécie de ritual, muito característico de suas crenças, frisa que apesar de o encontro ser a tônica de “Santo Amaro a Xerém”, o show “não deixa de ser de Bethânia, e de Zeca, com a história sendo escrita por ele e por mim”. Segundo ela, essas individualidades estão muito nítidas nos momentos solos. A artista não poupa elogios ao companheiro de palco, admirando o profundo conhecimento sobre o trabalho dela na década de 70. “Ele tem uma memória linda. Lembrou de coisas que eu não recordava mais. Zeca conhece não só o meu trabalho como de uma geração inteira. Nesse encontro, aprendo muito com ele e ele comigo. Ou não aprendemos nada e damos risadas”, sintetiza. Serviço: Show “De Santo Amaro a Xerém” – 5 de maio, às 22h, no Km de Vantagens Hall (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 23–Savassi). Ingressos: R$ 280 (inteira) e R$ 140 (meia). 

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