Mariana Cavanellas mostra projeto solo em show nesta quinta, no Palácio das Artes

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
25/04/2018 às 16:59.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:31
 (Belle de Melo/Divulgação)

(Belle de Melo/Divulgação)

“A arte é uma espécie de entidade a quem você serve. Para mim, foi como um chamado espiritual. De repente, eu já estava servindo à música”. A reflexão é de Mariana Cavanellas, cantora e compositora que vem despontando na nova geração de artistas mineiros. Jornalista de formação, ela decidiu, em 2015, atender ao tal chamado e abraçar a música como atividade profissional.

O levante veio com a banda Lamparina e a Primavera, com a qual lançou o disco “Claraboia” (2017) e circulou por Belo Horizonte. Durante a caminhada, surgiu a vontade de transitar por outros ambientes, condensada no primeiro EP solo, “Cama”, com lançamento é previsto para maio. Além de interpretações de mestres como Jorge Mautner e Edu Lobo, as canções do trabalho serão apresentadas nesta quinta-feira (26), em um show inédito na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes.

Cavanellas conta que, pela primeira vez, as quatro faixas do registro virão a público de forma planejada. “Consegui fazer uma coisa mais pensada, tanto em relação ao repertório quanto à persona que interpreta as canções. Fixamos uma banda e nos dedicamos aos ensaios, arranjando as músicas autorais e rearranjando as versões”, afirma, ressaltando que a banda é formada por Rafael Braga (guitarra, teclados e produção musical), Pedro Fonseca (baixo) e Victor Mendes (bateria).

Segundo a cantora, as canções do projeto solo se diferem esteticamente do trabalho com a Lamparina e a Primavera. “A Lamparina, por ser mais para cima, pede muita força. Já no trabalho solo, exploro outras formas de cantar, mais singelas, faladas. O que se mantém é a explosão da interpretação”, explica. “O EP se chama ‘Cama’ porque digo que compus essas músicas num estado de cama. O lugar onde você deita, mas também onde os pensamentos fluem. O disco marca o meu sair da cama para o mundo”, diz.

Cria de uma geração inrotulável, Cavanellas se inspira em ícones como Ella Fitzgerald, Billy Holliday e Os Mutantes, mas busca uma assinatura própria. “Minha ideia com a música é causar diferentes sensações em quem escuta”, afirma, citando outros projetos como a série de shows “Fósforo Bolha”, com o cantor e compositor Marcelo Tofani, e o espetáculo “Lua em Escorpião”, criado ao lado dos músicos Nobat e Bernardo Bauer. “É difícil pensar num recorte para as minhas músicas. Elas transpassam vários lugares. Sinto que estou criando algo que eu mesma não sei o que é”, finaliza.

Serviço: Show de Mariana Cavanellas. Quinta-feira (26), às 20h30, na Sala Juvenal Dias, do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537 – Cetro). Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada).

  

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