“Matriz Solidária” chega à 12ª edição num dos templos do rock alternativo

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
20/12/2013 às 07:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:55
 (Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

Já é de praxe. Nesta época do ano, eventos beneficentes pipocam por todos os cantos do país. Em Belo Horizonte, um dos mais tradicionais é o “Matriz Solidária”, que chega à 12ª edição neste domingo (22), na Matriz Casa Cultural, casa noturna localizada no Terminal Turístico JK. No projeto, 15 bandas se dispõem a tocar de graça com o objetivo de arrecadar alimentos e brinquedos oferecidos pelo público – a entrada é R$ 5 + um brinquedo ou um quilo de alimento não perecível, que, mais tarde, são doados a projetos educativos dos bairros 1º de Maio, Conjunto Felicidade e Tupi.

“Teve uma edição em que arrecadamos duas toneladas de alimentos e 700 brinquedos”, conta Edmundo Corrêa, o gestor da Matriz. A ideia partiu de sua mulher e companheira nos negócios, Andrea Diniz. “Já na primeira edição, cerca de 700 pessoas passaram pela casa durante toda a tarde. Deu tão certo que as bandas passaram a pedir para participar do evento”, diz ela, entusiasmada.

O “Matriz Solidária” é apenas um dos eventos bem pensados pelo casal Edmundo e Andrea, que já deixou sua marca na história da música independente belo-horizontina. Para quem não sabe, Edmundo foi o criador (junto a seu irmão, Marco Antônio) do Calabouço, misto de bar e centro cultural que existiu no bairro 1º de Maio entre 1985 e 2003. Por lá, passaram gente do naipe de Zeca Baleiro, Chico César ou Rita Ribeiro. “Contava com a colaboração da comunidade e dos grupos organizados. Uma vez, em 1988, fizemos uma grande Folia de Reis, com Maurício Tizumba e Chico Lobo. Liberamos a entrada e minha mãe fez comida para todo mundo. Foi uma festa linda, com centenas de pessoas”, relembra Edmundo.

O empresário também esteve à frente do Butecário, bar de referência da cena hardcore entre 1996 e 2000, e abriu a Matriz em 1999. À época, a intenção era ter um espaço voltado à música popular brasileira, mas a casa foi se direcionando para o rock naturalmente, após o sucesso das matinês voltadas à garotada, que já contaram até com a presença dos grupos CPM22 e Fresno. Não só. Jards Macalé, Claudio Zolli e Lô Borges também tocaram na Matriz. 

“Matriz Solidária” – Matriz (Terminal Turístico do JK). Domingo, a partir das 13h. R$ 5 + 1kg de alimento não perecível ou um brinquedo. Programação: www.matrizbh.com.br

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