Megaprodução baseada em fatos reais, “No Coração do Mar” entra em cartaz

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
03/12/2015 às 07:09.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:11
 (Divulgação)

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Desde que foi publicado, o livro “No Coração do Mar”, do historiador Nathaniel Philbrick, amplificou o poder de atiçar a curiosidade do homem em relação à “briga” entre a tripulação de um navio – o Essex – e um cachalote, ocorrida na vida real, em novembro de 1820. A história, vale lembrar, também inspirou Herman Melville, que tratou de recontá-la no clássico “Moby Dick”.

A partir desta quinta (3), o filme homônimo à obra de Philbrick entra em cartaz no país prometendo engrossar, em termos de bilheteria, o triunfal rol de filmes afins: superproduções que atraem milhares de espectadores ávidos por conter a respiração nos momentos de maior tensão.

O gênero é um dos filões do cinema norte-americano – basta lembrar “Titanic”, que também se passa no mar, embora, no caso, tenha um iceberg como vilão, digamos assim. “O ser humano médio gosta de sentir a emoção, vendo-a numa tela de cinema sem necessariamente ter que vivenciá-la”, explica o psiquiatra forense Paulo Roberto Repsold. Ele cita, como exemplo, a relação do domador de leões com os animais selvagens, hoje praticamente banida dos circos. “Há sempre uma sensação de que pode acontecer algo. Um misto de emoção e curiosidade”.

Esse desejo de “fingir que é verdade”, de sofrer um “estresse de mentirinha”, desde que bem feito, não traz contraindicações. “Filmes pesados, como os de guerra, podem ser interessantes por retratar a realidade como ela é”, registra Paulo Roberto.

É também por essa ótica que o cinéfilo Marcelo Seabra, editor do site “O Pipoqueiro”, analisa as tragédias. “É uma forma de as pessoas conhecerem melhor o fato, saber quem morreu e de que. E fica aquela curiosidade mórbida, como quando passamos por um acidente e ficamos olhando, querendo saber o que houve”.

Marcelo sublinha que, no caso do cinema comercial americano, existe sempre a necessidade de encontrar narrativas incríveis. E muitas passam por histórias trágicas e exemplares do poder de superação do homem. Só para lembrar de outras tramas passadas no mar, tem ainda “Invencível”, em que um avião da 2ª Guerra cai no oceano, deixando três soldados à deriva, e “Náufrago”, de Robert Zemeckis, que fez de Tom Hanks uma espécie de Robinson Crusoé.

O personagem de Hanks, por sinal, emagreceu 22 quilos. Já Chris Hemsworth perdeu outros tantos para seu personagem em “No Coração”. No Instagram, ele revelou que fez uma dieta de 500 calorias/dia!

- “Acabei de experimentar uma nova dieta/treino chamado ‘perdido no mar’” (Chris Hemsworth)

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