Mineiro é destaque em slackline no show do Cirque du Soleil

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
05/10/2015 às 07:34.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:56
 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

A conexão entre corpo e mente é fundamental para o equilibrista, ensina Gabriel Almeida, mineiro que começou no slackline e hoje é um dos integrantes do Cirque du Soleil no show “Michael Jackson One”, apresentado num cassino de Las Vegas, nos Estados Unidos. “Além da determinação e da persistência, a paciência é também importante para começar a se equilibrar”, receita Gabriel.   O convite para participar do Cirque du Soleil veio depois de verem suas manobras postadas no YouTube. “Pediram que eu gravasse todos os meus truques e enviasse um vídeo para audição. Hoje sou considerado acrobata e um dos personagens principais do show. Estou aprendendo muito, tanto do lado artístico quanto acrobático”, destaca Gabriel, lembrando que é o primeiro show da trupe canadense a se valer do slackline.   Quarta geração   Roger Ramito aprendeu o equilibrismo no picadeiro, como integrante da quarta geração de uma família circense. “Comecei criança, esticando uma corda no chão e andando em linha reta sobre ela. Depois meu pai foi subindo a corda e, quatro anos depois, eu já estava apto”, registra o equilibrista, que deixou o posto para seu substituto Paulinho Alvorada e agora se dedica mais às funções executivas do circo.   “O equilibrista brasileiro é meio louco, não se protege, arriscando a vida por amor à arte”, alerta Roger, que já caiu diversas vezes de grandes alturas, mas sem graves consequências. Certa feita, a queda foi sobre uma cadeira. “Caí sentado, quebrando as pernas da cadeira. Fiquei com uma lesão na coluna, mas não quebrei nada”, lembra Roger, que também se aventura na corda com uma moto. “É a moto aérea. Somos o único circo do continente a fazê-lo”.   O segredo para perder o medo de altura é começar cedo. O Instituto Izabela Hendrix é o primeiro da cidade a adotar o slackline como uma de suas atividades fixas para os alunos do horário integral. “É desafiante. A pessoa precisa ter bastante confiança em si mesma para conseguir”, salienta Mirely Santos, de 12 anos. Já Breno Santos, de 14, gostou tanto da prática que comprou um equipamento para montar no quintal de sua casa.   “O slackline é muito acessível, com o equipamento custando entre R$150 e R$600. Depois, é só arranjar dois pontos fixos, numa praça ou parque. E o melhor é que não tem restrição de idade”, afirma Breno, que montou a federação há dois anos.   Ele já atravessou a cachoeira do Tabuleiro, em Conceição do Mato Dentro, numa altura de 283 metros. “Se perguntarem se tenho medo, digo que sim. Mas é um grande prazer ultrapassar seus limites”.   Confira a galeria de imagens do esporte  

 

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