Mombojó volta a Belo Horizonte nesta quinta-feira com o projeto inovador ‘MMBJ12’

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
11/09/2018 às 16:07.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:23
 (Rafa Cunha/Divulgação)

(Rafa Cunha/Divulgação)

Formado no início dos anos 2000, em Recife, o Mombojó atualmente está fragmentado em três estados brasileiros. Enquanto Missionário José (baixo) e Vicente Machado (bateria) continuam no Pernambuco, Marcelo Machado (guitarra) vive na Bahia e Felipe S (vocal, guitarra e teclado) e Chiquinho (teclado e sampler) residem em São Paulo. Para manter a banda em atividade com a formação remota, foram precisas novas dinâmicas, desaguadas no projeto “MMBJ12” – que passa por Belo Horizonte pela primeira vez nesta quinta-feira (13), n’A Autêntica, com abertura do duo mineiro Mordomo, formado por Bernardo Dias e Fernando Persiano.

“MMBJ12” o subverte o processo de composição de um disco cheio: a ideia é ir formatando músicas entre a casa, a estrada e a internet, soltando-as à medida em que forem ficando prontas. Ao completar 12 faixas, a banda vai empacotar tudo em um disco de vinil, que também ganhará versão digital gratuita. “Vamos soltando essas músicas avulsas, uma por mês, até junho do ano que vem. Depois, completamos com outras três inéditas e lançamos o vinil”, conta Felipe S, lembrando que a primeira faixa, “Ontem Quis”, saiu no mês passado. 

O músico conta que o processo tem acontecido de forma orgânica, tanto física como virtual. “Temos trocado muita informação pela internet e sempre que temos shows, nos encontramos com antecedência. Já temos muito entrosamento, então a coisa acaba sendo bem espontânea”, afirma.

“Cada música está sendo uma aventura diferente.A primeira, cada um gravou em sua cidade e foi mixada por Leo D, produtor do nosso primeiro disco, com quem voltamos a trabalhar 14 anos depois. A segunda, que se chama ‘Nunca Vá Embora’, já será gravada no Rio, no estúdio do produtor Bruno Giorgi, que tem trabalhado com muita gente legal, como a Orkestra Rumpilezz. É uma canção de Vitor Araújo, com letra minha e de Diego Matos, que é curador de arte em São Paulo”, diz.

Novos formatos

Para Felipe S, o projeto “MMBJ12” oxigenou os processos de composição do Mombojó, que já tem cinco discos de estúdio na bagagem. “Achamos que fazer um disco é um investimento muito grande, que leva tempo e não traz um retorno imediato. E hoje as coisas estão muito rápidas. Então, também é legal conseguir trabalhar com essa urgência, fazer muita coisa em pouco tempo. É mais atual, mais conectado com essa época”, reflete. “E, para isso, ainda voltamos a ser independentes, porque aí não precisamos nos adaptar ao calendário de uma gravadora. É mais fluido”, completa. 

Para o músico, a nova dinâmica também impacta positivamente nas apresentações da banda. “A gente sempre lançava um disco e ficava com vontade de tocar todas as músicas, mas as pessoas não ouviam. Desse jeito, uma música por vez, é mais fácil de absorver e supre a vontade do público de ouvir as músicas antigas”, afirma. “Estamos balanceando bem o show. As oito primeiras músicas são dos nosso primeiros discos. Depois, vamos mesclando com canções de outras fases”. 

Felipe S ressalta a expectativa do Mombojó em voltar à capital mineira, onde a banda tem público cativo. “É sempre legal tocar sempre legal tocar em BH. O público é muito animado e tenho certeza que este show não será diferente”, instiga.

Serviço: Mombojó em BH. Quinta-feira (13), às 22h, n’A Autêntica (R. Alagoas, 1.172 – Funcionários). Ingressos a R$ 40 na portaria.  

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