(EUGENIO MORAES/ARQUIVO HOJE EM DIA )
Morreu nesta quarta-feira (26) o pesquisador, ensaísta e poeta mineiro Affonso Ávila. Ele teve uma parada cardíaca em casa e, de acordo com informações dos familiares, estava tratando um enfisema pulmonar. O velório será realizado no Velório 1 do Parque da Colina, a partir das 9h30, na quinta feira (27). O enterro está previsto para às 13 horas, no mesmo local.
Ávila destacou-se ao longo deste ano pela poesia voltada para a vida, após passar pelo sofrimento de perder a mulher Laís Correa de Araujo, em 2006, e construir uma linha amarga na escrita.
Detentor do Prêmio Jabuti de Literatura, o escritor nasceu em 1928. Influenciou movimentos literários, organizou a Semana de Poesia de Vanguarda e criou o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).
Filho de Lindolfo de Ávila e Silva e Liberalina de Barros Ávila, Affonso foi auxiliar de gabinete do Juscelino Kubitshek enquanto ele era governador do Estado.
Além da escrita, sua carreira foi marcada pela dedicação ao patrimônio artístico e arquitetônico de Minas, principalmente por meio do Iepha, buscando levantar e conservar o material histórico.
O poeta também atuou como colunista no jornal "O Estado de São Paulo", dirigiu por mais de 30 anos a revista "Barroco", da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dentre as obras de Affonso Ávila, estão: "O Açude" (1953), "O lúdico" e "As projeções do Mundo Barroco" (1971), "O visto e o imaginado" (1990), "Poeta Poente" (2010), e "Égloga da maçã" (2012).