Mostra de artista mineira, está em cartaz no Museu de Arte Moderna de São Paulo

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
29/09/2014 às 07:52.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:23
 (Conteúdo Comunicação)

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Desde o início do mês, o Museu de Arte Moderna de São Paulo vem apresentando a exposição panorâmica “Mal-Entendidos”, da conceituada artista mineira
Rivane Neuenschwander. Com curadoria de Adriano Pedrosa, a iniciativa abarca 20 obras, elaboradas nos últimos 15 anos da carreira da artista, conhecida por utilizar materiais algo singulares, como talco, sabão de coco, caixas de papelão, baldes, fitas adesivas, relógios, mapas e bolhas de sabão. No caso
específico desta mostra, são instalações, vídeos, esculturas e pinturas, dispersos na “Grande Sala”.

“A seleção dos trabalhos foi pautada por um interesse psicanalítico, algo que informa o trabalho de Rivane Neunschwander e marca um interesse da artista,
aprofundado no últimos anos – em relação à linguagem, aos atos, limites e falhas da fala (traduzidos em esculturas –como nas ‘esculturas- involuntárias’), à
memória, à infância””, repassa Pedrosa, em entrevista ao Hoje em Dia. Adriano Pedrosa faka de cátedra. Ele trabalha com Rivane desde 1997, quando firmaram parceria para a 24ª Bienal de São Paulo, que aconteceu no ano seguinte. “Desde então, já trabalhamos em várias oportunidades, como na 12ª edição da Bienal de Istambul, em 2011, da qual fui curador. Tivemos um diálogo muito próximo, e Rivane sempre se dedica intensamente aos mínimos detalhes de conceituação e
formalização da obra, bem como sua apresentação no espaço”.

Pedrosa diz que o trabalho da mineira combina um rigor conceitual e construtivo, “enquanto linguagem de fato”, com uma grande dose de poesia. “Possibilitando
também, em alguns casos, a interação dos espectadores com a obra”.

Cumpre assinalar que, exclusivamente para a mostra, nada menos do que oito obras foram especialmente produzidas pela artista.

Não bastasse, o público que acorrer ao local até o dia 14 de dezembro verá, ainda, sete obras inéditas (no Brasil) da mineira. Entre elas, “(a) casos eróticos”, um conjunto de bordados que aborda a questão da sexualidade, do erotismo e da delicadeza, motes presentes também na obra “Primeiro Amor” (2005), performance em que um artista forense, especializado em retratos falados, produz desenhos do primeiro amor do visitante através de recursos técnicos e psicológicos que tentam acessar a memória de cada um.








 

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