Mostra de Cinema Curta Circuito começa neste sábado com sete filmes sobre fé, magia e mistério

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
09/10/2020 às 07:52.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:45
 (CURTA CIRCUITO/DIVULGAÇÃO)

(CURTA CIRCUITO/DIVULGAÇÃO)

Uma edição completamente on-line não era propriamente o que os organizadores da Mostra de Cinema Curta Circuito esperavam como marco de sua 20ª edição, que será realizada a partir de amanhã (10). “Gostamos de valorizar os encontros e o virtual quebra um pouco desta magia”, observa a coordenadora Daniela Fernandes.

Com a temática “Fé, Magia e Mistério no Cinema Brasileiro”, a tradicional mostra mineira exibirá sete filmes em plataforma on-line, a partir do site do evento. Com o lado mais lúdico prejudicado pela pandemia, que levou ao fechamento compulsório dos cinemas, Daniela vê aumentar de tamanho o papel de estímulo à memória.

“Ao fazer on-line, você acaba criando um banco de dados”, sublinha. Ela destaca que os títulos mais antigos passaram por algum tipo de restauração. No caso de “Espelho da Carne” (1984), o diretor Antonio Carlos da Fontoura aproveitou para fazer correções nas cópias que foram digitalizadas. “Assim contribuímos para a preservação”, assinala.

As produções terão material extra, como texto crítico (audiobook e versão escrita), podcast e webinar, também disponíveis no site da mostra

O filme de estreia ficará 24 horas disponível, de forma gratuita, a partir das 19 horas deste sábado. O mesmo acontecerá com os outros seis longas da programação: “Prova de Fogo” (domingo), “Fé e Fúria” (segunda), “As Quatro Chaves Mágicas” (terça), “Ele, o Boto” (quarta), “Filme Demência” (quinta) e “O Princípio do Prazer” (sexta).

Acesso
Para ter acesso a eles, o internauta precisará estar cadastrado na plataforma de streaming Looke, parceira do festival na exibição. O cadastro é gratuito, disponível a partir do site. “Escolhemos a Looke porque ela tem um sistema de proteção contra pirataria. Não são todos os sites que dispõem desta tecnologia”, explica.

Daniela salienta que é uma forma de garantir o mínimo de segurança para os realizadores, já que muitos deles tiram seu sustento da exibição dos filmes. É por isso que vários deles são difíceis de serem encontrados na internet, como “Espelho da Carne” e “Prova de Fogo”. E quando se acha, são cópias de qualidade ruim.

A produção mais recente é “Fé e Fúria”, do cineasta mineiro Marcos Pimentel. Lançado no ano passado, o filme só teve uma exibição, dentro da programação do Festival do Rio. O documentário aborda os conflitos religiosos existentes em favelas e subúrbios do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.

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