Mostra de cinema do CCBB terá 24 obras definitivas do Egito na última década

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
28/07/2020 às 18:29.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:08
 (Mad Solutions/Divulgação)

(Mad Solutions/Divulgação)

Em “Joana d’Arc Egípcia” (2016), Iman Kamel discute as experiências das mulheres do Egito após a Revolução de Janeiro de 2011. Já em outro documentário, “Eu Tenho uma Foto” (2017), Mohamed Zedan narra a trajetória do cinema do país, por meio da história de um figurante que trabalhou em cerca de mil filmes. Por sua vez, Hussein Al Imam faz uso da comédia para homenagear estrelas da Era de Ouro daquela nação africana em “Como um Palito de Fósforo” (2014).

Essas e outros 21 obras compõem a 2ª Mostra de Cinema Egípcio Contemporâneo, primeira promovida pelo CCBB de forma on-line, a partir desta quarta-feira e que vai até 23 de agosto de 2020, pelo site www.cinemaegipcio.com. O evento integra as comemorações dos sete anos do CCBB-BH.

“A mostra vem com a ideia de servir um cardápio com muita variedade de gêneros do cinema egípcio, a transformação da parte técnica, a qualidade dos filmes e os temas tratados durante a década de 2011 para cá”, destaca o produtor e curador da mostra Amro Saad, egípcio naturalizado brasileiro. “Há vários gêneros, como comédia, terror, dramas, documentários, filmes preto e branco, filmes que ganharam prêmios em festivais...”, diz.Mad Solutions/Divulgação

“Como um Palito de Fósforo” (2014)

Mesmo que o acesso a filmes de vários países e nacionalidades tenha se expandido e se tornado cada vez mais fácil, o cinema do Egito ainda é desconhecido de grande parte do público tupiniquim. Entre títulos mais célebres estão clássicos como “A Prece do Rouxinol” (1959) e “Um Estranho em Minha Casa” (1961), que formam um box da Magnus Opus. “Esses dois clássicos são muito bons e muito importantes para história do cinema egípcio”, sintetiza Saad. Ambos abordam questões políticas e sociais, algo que também está inserido em filmes da mostra, como enfatiza o curador.

“Podemos ver uma mensagem de cada diretor. Claro que não existe alguma apresentação (de um filme) sem uma opinião própria, uma visão sobre a vida. Vejo que os novos diretores mostram temas novos e tratados com outro tipo de diálogo”, comenta.Mad Solutions/Divulgação

“Joana d’Arc Egípcia” (2016)

Sucesso

Entre as 24 obras da programação está o filme de terror “O Elefante Azul 2” (2019), dirigido por Marwan Hamed e considerado o maior sucesso de bilheteria da história do cinema egípcio

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