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A exposição “O Olhar: Do Íntimo ao Relacional”, aberta nesta quarta-feira (7), a partir das 19h, no Museu de Arte da Pampulha (MAP), reúne obras do acervo do Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), Museu Mineiro (MM) e do próprio MAP. A mostra, que ficará aberta ao público até 13 de julho, tem a curadoria do professor Ricardo Vivas. Ela poderá ser visitada de terça a domingo, das 9 às 18h30.
O curador diz que a iniciativa partiu do MAP e que a ideia surgiu da necessidade de mostrar ao público o acervo dessas três coleções. “É uma tentativa de possibilitar o contato entre essas coleções que foram historicamente separadas por motivos mais diversos e mostrar uma possibilidade de conexão entre elas”, observa.
Diferentes épocas Ricardo Vivas, doutor em História da Arte pela Unicamp, que dedica suas pesquisas à História da Arte de Belo Horizonte, garante que a qualidade desses acervos é extremamente rica.
“A produção é riquíssima por um lado, e por outro, temos grandes artistas que trabalhavam em Minas e que não receberam ainda a atenção necessária. Eu tenho uma frase que é a seguinte: a gente só consegue gostar e valorizar aquilo que a gente conhece. E, nos últimos anos, essas obras ficaram nas reservas técnicas impossibilitadas de serem vistas pelo público em geral. Imagina se Mona Lisa nunca tivesse sido mostrada, não seria famosa”, destaca.
Na exposição, é possível ver obras de Guignard, Goeldi, Delcio Noviello e Eder Santos, entre outros.
Ver e olhar
Outra peculiaridade da exposição é a separação das obras por salas. Responsável pela organização, Ricardo Vivas fala da importância da experiência do olhar. “Vamos pensar o seguinte: o Português é das poucas línguas que ver e olhar são sinônimos. Ver é um estado de reconhecimento do objeto, a dinâmica do olhar tem muito do pessoal, porque na medida que está olhando, você se olha também internamente”, frisa.
A primeira sala temática é Desejo, a segunda é Melancolia, a terceira é Contaminação e a última, Vertigem.