(Paulo Lacerda/Fundação Clóvis salgado)
Reunindo 21 trabalhos autorais que passam pelo balé clássico, pela dança contemporânea e as brasileiras, a Mostra de Dança de Alunos do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart acontece nesta quarta (12) e quinta (13) no Teatro Marília (avenida Alfredo Balena, 586).
Com entrada gratuita, o evento, organizado pela Fundação Clóvis Salgado, é uma oportunidade de os estudantes compartilharem com o público e também com outros estudantes o aprendizado obtido no curso.
“A ideia é mesmo apresentar os exercícios de criação e composição desenvolvidos pelos alunos, reforçando o trabalho autoral e as pesquisas em dança feitas por eles”, reitera Rodrigo Antero, coordenador do curso técnico em dança.
Além de proporcionar aos alunos que experimentem a dinâmica e a rotina de um palco, a mostra também é uma boa pedida para o público, que pode ter contato com vários estilos. “É uma forma de compreender como os trabalhos são desenvolvidos na escola”, acrescenta Antero.
As apresentações evidenciam tendências e permitem antecipar o que os novos bailarinos devem trazer para o cenário da dança belo-horizontino.
“Neste ano, as danças que são direcionadas para as matrizes afrobrasileiras apareceram com mais força”, pontua o coordenador, destacando que as apresentações trazem uma mescla entre o popular, o erudito e o contemporâneo.
Troca
Além das apresentações dos alunos do Cefart, o público também poderá conferir a coreografia “Mais um sem Título”, criação especial dos formandos do curso técnico em dança com a orientação do artista Rodrigo Giése, bailarino há 35 anos da Cia de Dança do Palácio das Artes.
Por trás das cortinas, a mostra faz uma parceria inédita com os estudantes da Escola de Tecnologia do Espetáculo. Nesta edição, eles serão os responsáveis pela parte técnica da montagem, assumindo iluminação, cenografia, figurino e sonoplastia das apresentações.
“A troca entre os alunos da dança e da tecnologia também foi importante. Tivemos, por exemplo, uma aluna da dança propondo algo para o figurino e a aluna da tecnologia contribuindo com outra visão estética. O compartilhamento desses saberes foi um processo muito rico”, destaca Antero.