Muitos fãs fazem questão de guardar os ingressos dos shows a que assistem

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
01/03/2016 às 07:28.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:37
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

O show que a banda Engenheiros do Hawaii apresentou em Divinópolis, 19 anos atrás, não ficou apenas na memória do historiador Rafael Leite, 32 anos. “Foi o primeiro ingresso de show que guardei. E não parei mais”, conta o rapaz, que acabou separando uma caixinha para esta singular memorabilia.

Apaixonado por rock, Rafael vem adicionando, ao seu relicário, um ingresso a cada show que vai – o último foi do guitarrista David Gilmour. “Abrir a caixa e ver os ingressos traz lembranças muito boas. É pura nostalgia”, justifica o moço, que já contabiliza mais de 50 bilhetes! Detalhe: somente de shows, sem contar os de eventos esportivos.

Nesse verdadeiro baú de tesouros, há, por exemplo, cinco ingressos de shows de Sir Paul McCartney no Brasil. Detalhe: um deles não foi utilizado. “Fui aos shows no Rio, São Paulo, Brasília e BH, mas não consegui ir ao de Recife. E preferi guardar o bilhete como lembrança a vendê-lo”, comenta Rafael, que não se desfaz de suas relíquias. “Isso não tem valor comercial para mim. Minha mãe sempre quis que eu jogasse fora, mas nunca deixei”.

Desconto

Para os que não têm tanto apego assim, com os ingressos, a Fnac lançou, recentemente, a campanha “Salvem os Ingressos!”, na qual tickets de cinema, teatro, museus e shows podem ser trocados por descontos de 10% até o próximo dia 31. “É uma forma de recompensar pessoas que já consomem cultura, e também fomentar a cena nas cidades onde estamos”, diz a responsável pelo marketing da Fnac Brasil, Mariana Manita. Ela afirma que, na última ação da loja nesse sentido, cerca de 15% das vendas realizadas estavam com o desconto da campanha.

Imaginário e real

O engenheiro de produção e “acumulador” Ebert Paula, 35 anos, vai um pouco além de “apenas” guardar ingressos. “Sempre o coloco dentro da caixa do DVD do referido espetáculo”, afirma o rapaz, que iniciou essa mania em 2006.

Apaixonado por musicais e superproduções, ele explica: “Sempre que tenho oportunidade, vou às apresentações, mas, quando não, adquiro o DVD. E aconteceu de conciliar as duas oportunidades: o imaginário e o real”, elucida Ebert, para quem o ingresso na caixa do DVD é a prova de que viveu as duas experiências.

Nessa curiosa dobradinha, ele coleciona ingressos e DVDs como os do Cirque du Soleil, Madonna, Cranberries, “O Fantasma da Ópera”, U2... e por aí vai. Ebert acredita que os ingressos trazem boas lembranças. Caso do que guardou em 2007, no dia do seu aniversário, quando estava em Londres, com uma amiga. “Queríamos ir ao musical ‘Fantasma da Ópera’, mas não tínhamos muito dinheiro. Sabia que, quando o espetáculo começasse, os ingressos ficariam mais baratos”, rememora ele, que acabou conseguindo as entradas. Ao final do espetáculo, ele e a amiga fizeram vários vídeos engraçados, que são lembrados a cada vez que ele olha o ingresso.
 

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