Musical sobre amor à cultura fica em cartaz até 11 de outubro no CCBB

Da Redação
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30/09/2021 às 15:21.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:58
 (RENATO MANGOLIM/DIVULGAÇÃO)

(RENATO MANGOLIM/DIVULGAÇÃO)

Uma celebração à arte, ao amor pela cultura e a nossa capacidade de invenção. O musical "Vamos Comprar um Poeta" é isso e muito mais. Inspirado no livro homônimo de Afonso Cruz, o espetáculo conclui a celebrada trilogia "três Histórias de Amor para Crianças", dirigida por Duda Maia, e composta pelas peças "A Gaiola" e "Contos Partidos de Amor". Ficará em cartaz até 11 de outubro, com sessões aos sábados e domingos às 11h e 16h e segundas-feiras, às 16h. Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada) e podem ser adquiridos pelo site do Banco do Brasil.

Vencedor do prêmio APCA, de São Paulo, na categoria Melhor Espetáculo Infantil, e com seis prêmios no CBTIJ (melhor espetáculo, coletivo de atores, direção, cenário, texto adaptado e iluminação), Vamos Comprar um Poeta é dirigido por Duda Maia, com adaptação de Clarice Lissovsky, direção musical de Ricco Viana, e elenco formado por Letícia Medella, Luan Vieira e Sergio Kauffmann.

O musical narra a chegada de um poeta à casa de uma família que mora em lugar fictício. Nesse lar, moram um pai, que só pensa em ganhar dinheiro; uma mãe, que organiza todos os dias os trabalhos domésticos; uma menina esperta e curiosa que gosta de entender o significado das coisas; e um menino, que adora fazer contas. A menina pede aos pais para comprar um poeta. E a partir da chegada do Poeta a ideia de produtividade dos moradores da casa começa a se transformar.

"Vamos Comprar um Poeta" ensina os pequenos a observar borboletas, compor os próprios poemas e a dar abraços. A montagem cria uma divertida reflexão sobre a nossa capacidade de invenção, a amizade e a despedida, com uma encenação lúdica e dinâmica.

“Esse texto é um manifesto lúdico, dedicado ao artista que habita em cada ser humano, especialmente nas crianças. É uma maneira de poder falar com poesia e delicadeza sobre a importância da arte na vida das pessoas. Dirigir Vamos Comprar Um Poeta no cenário atual é realizar uma relevante homenagem à cultura”, destaca a diretora Duda Maia.

Peça fecha a trilogia "Três Histórias de Amor para Crianças", criada em 2014, e composta pelos musicais "A Gaiola" e "Contos Partidos de Amor".  A iniciativa, da Camaleão Produções Culturais, de Duda Maia, e a Palavra Z Produções Culturais, do produtor Bruno Mariozz, tem como objetivo estimular um diálogo entre crianças e adultos por meio de histórias que celebram o afeto humano.

Inspirado no livro homônimo de Adriana Falcão, o musical A Gaiola estreou em 2016, no Rio de Janeiro, e ganhou os prêmios CBTIJ, Botequim Cultural e Zilka Sallaberry, além de ter passado pelas quatro unidades do CCBB, realizado cinco temporadas cariocas, participado de vários festivais e de ter sido apresentado em Cabo Verde e Portugal. A peça conta a história de um passarinho que cai na varanda de uma menina e, enquanto ela cuida dele, os dois se apaixonam. Quando o passarinho fica curado e eles têm que se despedir, resolvem aprisioná-lo em uma gaiola. A partir desse dia, surgem as alegrias e os questionamentos de “ficar preso”.

Já "Contos Partidos de Amor" é inspirado em contos e poemas de Machado de Assis e escrito por Eduardo Rios. O espetáculo estreou em 2018 e ganhou o Prêmio Zilka Sallaberry nas categorias de melhor direção e figurino. Também circulou pelas quatro unidades do CCBB e foi encenado em festivais em Portugal, nas cidades de Fundão e Setubal. O musical conta a história de quatro pessoinhas amorosas e ciumentas que revelam ao público suas verdades sobre as relações humanas por meio de diálogos bem-humorados, dança e música.

Paralelo às apresentações do musical "Vamos Comprar um Poeta", a diretora teatral Duda Maia e o diretor de produção Bruno Mariozz, ministram gratuitamente e em ambiente virtual (plataforma do zoom), as oficinas “O corpo que move e brinca” e “Arte é profissão”. Neste sábado (2), acontece a oficina “O corpo que move e brinca” sob coordenação da diretora Duda Maia. A atividade abordará a relação do corpo com a musicalidade e espacialidade. Voltada para professores, orientadores, psicólogos, assistentes sociais e artistas, a iniciativa pretende mostrar aos participantes a importância do corpo no trabalho com crianças.

“Em um primeiro momento vamos dialogar sobre noções básicas de anatomia, fazendo com que cada aluno tenha a oportunidade de conhecer sua estrutura óssea. A partir desta conscientização e com mais domínio sobre o assunto, eles serão capazes de desenvolver um trabalho de improvisação que amplie seu vocabulário corporal e ao mesmo tempo estimulados a trabalhar com as crianças de forma mais livre, consciente e sem sobrecarga muscular. Trata-se de utilizar o corpo brincante para se relacionar com o outro de forma inteligente, saudável, harmônica e criativa. Após essa parte vamos abrir um roda de conversa para que as experiências profissionais e da prática realizada, possam ser divididas e fomentadas no grupo”, explica Duda Maia.

O que você vai ser quando crescer? Já escolheu que carreira seguir? Essas perguntas povoam o imaginário cotidiano de milhares de adolescentes e jovens. E quando se trata de um público exposto a diversas vulnerabilidades, as opções de escolha podem ser reduzidas. E se o assunto gira entorno da arte, cujo acesso é escasso, aí então nem se fala. Como decidir sobre um tema tão necessário e ao mesmo tempo tão desconhecido?

Para responder a todas essas reflexões, o diretor de produção Bruno Mariozz conduz, na segunda, a oficina “Arte é profissão”. Direcionada a alunos de escolas públicas e/ou beneficiários de ONGs, o encontro irá introduzir o conhecimento das diferentes profissões artísticas, estimulando os participantes a entender, organizar, refletir, debater e expressar seu viés criativo.  O objetivo é proporcionar um diálogo sobre a importância de cada indivíduo em sua respectiva área de articulação da cena – da criação à execução, da produção à distribuição – e, desta forma, construir visões sobre novas possibilidades de futuros profissionais no campo da arte.

“Trata-se de um projeto social-político que colocará o jovem participante no lugar de sujeito ativo, potencializando novas oportunidades, ampliando sua visão de mundo e o estimulando a empreender uma nova jornada. Plantar essa semente é um trabalho de empoderamento relevante”, sublinha o produtor Bruno Mariozz.

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