Na esteira do filme “A Travessia”, praticantes de slackline falam da emoção de viver perigosamente

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
05/10/2015 às 07:20.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:56
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

Philippe Petit está a 415 metros de altura, num arame esticado entre as torres norte e sul do World Trade Center. O equilibrista francês olha para baixo, enxergando pessoas e carros como formiguinhas em movimento, e, no lugar do desespero, a sensação que o envolve é de paz. A ponto de ir e voltar várias vezes, sobre o vão de 43 metros, até se deitar sobre o cabo de aço e contemplar as nuvens.   A cena é real e aconteceu em 7 de agosto de 1974, seis dias antes de o equilibrista completar 25 anos, e pouco mais de um ano após a inauguração das torres gêmeas do World Trade Center – os edifícios mais altos do mundo naquela época e protagonistas, em 2001, de um ataque terrorista que destruiu todo o complexo. A coragem de Petit sobreviveu a essa trágica história e está narrada no filme “A Travessia”, do diretor Robert Zemeckis (da trilogia “De Volta para o Futuro”), em pré-estreia nos cinemas de Belo Horizonte.   Fita no lugar do arame   Depois que você atravessa, a adrenalina é tão grande que a vontade é de sair para a rua e contar para as pessoas o que você fez”, registra Bernardo Maia Menezes, presidente da Federação Mineira de Slackline, uma modalidade esportiva que usa a fita no lugar do arame e, diferentemente dos equilibristas de circo, que recorrem a um bastão, eles só têm as mãos.   Campeão sul-americano de trickline, divisão do slackline em que é avaliado o grau de dificuldade das manobras do competidor, Alisson Ferreira assistiu “A Travessia” a convite do Hoje em Dia, e se identificou com a mensagem do filme. “Não podemos desistir de nossos objetivos, superando os medos para seguir em frente”, registra o atleta de 23 anos, residente em Ribeirão das Neves e ajudante de carpinteiro na oficina do pai.   O desejo de Alisson é se dedicar integralmente ao esporte, que conheceu em 2011 após desistir do futebol.   O ambiente entre os praticantes de slackline é bem diferente. “Não há rivalidade. Mesmo numa competição, seu adversário vê você cair e lhe passa algumas dicas. Todos querem lhe ajudar. Ali você tem um grupo de verdade”.  

 

Confira o trailer de "A Travessia", em cartaz nos cinema de BH

 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por