Na Flip, jornalista que revelou caso Snowden critica Obama

Leida Reis - Enviada especial
02/08/2014 às 13:14.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:37
 (Flip)

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PARATY - Responsável pela divulgação, no jornal "The Guardian", dos documentos fornecidos por Edward Snowden sobre a espionagem praticadda pela agência americana NSA, o jornalista e advogado Glenn Greenwald participou da mesa "Liberdade liberdade", neste sábado, na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Antes do debate na Tenda dos Autores, ele falou sobre o impacto das divulgações, teceu elogios a Snowden e disse que o interesse do governo de Barak Obama no Brasil se dá pela posição de independência que o país vem assumindo e sua importância estratégica, principalmente pela produção de petróleo e energia.

 "Quando o Lula decidiu pelo acordo com o Irã, mostrou essa independência". Por outro lado, disse, os Estados Unidos espionam todos os países pelo simples fato de ter poder para fazê-lo, decretando a morte da privacidade na internet.

O presidente Barak Obama, que na sexta-feira admitiu torturas feitas pela CIA, "mente e sabe que está mentindo". Greenwald afirmou que empresas brasileiras de telecomunicações, ao fazer negócios com americanas, facilitam a migração de dados para o governo dos Estados Unidos.

Sobre o futuro de Snowden, o jornalista acredita que ele ficará na Rússia por mais um ano, especialmente com o estremecimento das relações entre o país e os Estados Unidos, e contou que lá ele vive livremente, participando de debates sobre as relevações que fez ao mundo. "Ele parece um jovem de 18 anos, muitas vezes passa despercebido, mas quando é reconhecido recebe elogios dos russos".

Também na mesa da Flip, o cineasta americano Charles Fergusson, ganhador do Oscar pelo documentário "Trabalho Interno", que mostrou os esquemas fraudulentos dos bancos americanos que desencadearam na crise econômica de 2008, contou que seu novo filme trata das soluções para o planeta em tempos de mudanças climáticas. Filmagens estão sendo feitas, inclusive no Brasil, mostrando a geração de energia eólica e solar.

Os dois criticaram a impunidade para crimes praticados pelos detentores do poder político e econômico, nos Estados Unidos.

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