Nando Reis encerra turnê de 'Jardim-Pomar' com show em Belo Horizonte neste sábado

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
01/03/2018 às 17:14.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:39
 (Carol Siqueira/Divulgação)

(Carol Siqueira/Divulgação)

“Eu não sou bom de inventar histórias. Eu escrevo para organizar meus pensamentos sobre as coisas que me intrigam e me importam”, reflete Nando Reis sobre os temas que norteiam as letras de suas canções. De fato, o tom confessional marca a obra do cantor e compositor paulistano – e em “Jardim-Pomar” não é diferente. Lançado em 2016, o álbum tem circulado pelo Brasil em uma volumosa turnê que se encerra neste sábado (3), no KMV Hall, em Belo Horizonte. 

Oitavo disco de inéditas do ruivo, o registro marca uma nova fase de sua carreira, agora como artista independente. “Faziam quatro anos que eu não lançava um disco de estúdio. Nesse meio-tempo, além da estrada, eu estava empenhado na estruturação do meu escritório”, conta Nando, em entrevista ao Hoje em Dia. “Agora que sou independente e tenho um selo, fui atrás de criar modelos próprios, metodologias únicas para esse lançamento”, completa. 

Partindo deste ponto, o músico optou por gravar “Jardim-Pomar” em duas partes e com dois produtores diferentes. “Gravamos em duas etapas, uma nos Estados Unidos, em Seattle, e outra no Brasil. Eu gostei muito de gravar fora do Brasil e gosto demais de trabalhar com o Jack Endino. Mas também adoro gravar ‘em casa’ para ter a perspectiva inversa”, reflete.

Um dos destaques do disco é a música “Azul de Presunto”, que além de Pitty, Luiza Possi, Tulipa Ruiz e da filha Zoe Reis, tem participação dos ex-companheiros de Titãs Arnaldo Antunes, Branco Mello, Paulo Miklos e Sérgio Britto. “Quando compus essa música, já pensei que ela deveria ser gravada com muitas vozes, masculinas e femininas. Aí resolvi convidar os amigos titânicos, meus filhos e as cantoras que eu admiro, grandes artistas com quem eu nunca havia trabalhado. Gravamos em dois dias e foi uma farra”, conta.

Nando ressalta o caráter orgânico da composição das faixas do álbum, que serão apresentadas no show de hoje junto a sucessos de outras fases da carreira. “É sempre misteriosa a forma que se dá a composição. A inspiração vem sempre de tudo que me cerca, do que acontece comigo, do que ouço, sinto, vejo e vivo”, pontua. “Eu gosto de falar sobre o amor, tanto nas relações pessoais como em relação ao amor próprio ou ao amor pela vida. Esse disco, além do amor, tem muitos assuntos abordados, entrelaçados, como a finitude, a mortalidade, a passagem do tempo”.

Serviço: O show acontece neste sábado (3), às 22h, no KMV Hall (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230 – São Pedro). Ingressos: R$ 70 a R$ 180.

 

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