No dia em que Michael Jackson completaria 60 anos, Orquestra Opus faz concerto tributo

Thiago Pereira
talberto@hojeemdia.com.br
28/08/2018 às 17:06.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:09
 (AFP)

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Leonardo Cunha tem 41 anos. Assim, ele é membro de uma geração que foi jovem na década de 80, o que significa dizer que ele adolesceu rodeado pelas músicas de Michael Jackson, algo que parecia inescapável no período. “Desde pequeno eu escutava suas canções no rádio”, confirma. “Me lembro de alguns momentos da vida, de estar na casa de primos no Rio de Janeiro, acordava de manhã e estava tocando ‘Human Nature’, por exemplo”. 

A história de Cunha é mais comum do que parece: como ele mesmo acredita, a música de Jackson, que se estivesse vivo completaria 60 anos nesta quarta-feira (29), “participou da vida dos brasileiros, mesmo que inconscientemente”. Ou nem tanto: afinal foram décadas começando as tardes ao som de “Don´t Stop Till Get Enough”, trilha de programa global; assistindo Jackson em propagandas de refrigerantes, em clipes cinematográficos, embalando romances e pistas de dança e por aí vai. 

A diferença é que, em uma data simbólica como hoje, Cunha está à frente de uma grande orquestra, a Opus, e tem a oportunidade de reger um tributo ao Rei do Pop. O grupo de 22 músicos tradicionalmente ocupa outras datas no CCBB-BH, mas, percebendo a coincidência no calendário, o maestro alterou a agenda. “Tinha que ser nesta quarta”, revela. 

Concerto

Assim, o público que comparecer ao espaço cultural terá a oportunidade de ouvir uma leitura instrumental da obra de Jackson, hits trajados em arranjos orquestrais afetivamente tramados por Cunha e sua trupe. “Até a madrugada de ontem estava escrevendo arranjos de canções que incluí devido a pedidos dos próprios músicos”, diz, revelando a animação da Opus em adentrar o terreno sagrado que abriga canções como “Thriller”, “Rock With You”, “Billie Jean” e várias outras.

Nesse trajeto, o maestro se surpreendeu com a potência musical de Jackson, que tinha como produtor outro gênio, Quincy Jones. “Aprofundando na obra, percebi que, por trás de melodias aparentemente simples, estavam harmonias sofisticadas, inversões inesperadas de acordes, coisas grandiosas”, elogia. 

Mas além da força musical, Jackson era um mestre do espetáculo: dança, luzes e figurinos eram parte de seu show. Cunha sugere que o concerto desta quarta-feira será uma surpresa para as pessoas. “A ideia é criar sensações diferentes. Mantive detalhes que são parte importante das canções– como o riff de ‘Beat it’– mas a proposta é apresentar uma roupagem diferente mesmo”, instiga. 

O concerto acontece nesta quarta-feira, às 20h, no CCBB-BH, na Praça da Liberdade. Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia)

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