No Museu dos Brinquedos, a viagem no tempo é convidativa

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
03/06/2015 às 09:34.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:19
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Em meio a brinquedos de várias épocas, os carrinhos de rolimã chamam a atenção dos frequentadores. Assim como pés de lata e o “velho” ioiô. Coordenadora administrativa do Museu dos Brinquedos, na av. Afonso Pena, Nayara Souza atesta: “As crianças ficam encantadas”.

E o citado carrinho de rolimã é um bom exemplo. “A maioria não sabe o que é, ou como brincar. Não acreditam que, com rodinhas e um pedaço de madeira, dá para construir um carrinho, pois vão às lojas e compram um pronto”.

Sucesso

Nayara diz que a procura por esses objetos por vezes é uma iniciativa dos pais, “que relembram a infância e querem mostrar aos filhos que, antigamente, era possível brincar e se divertir ‘sem tecnologia’”.

As crianças ficam deslumbradas com a história dos objetos. “Por vezes, essa seção – que contém também bolas de gude, piorra, bilboquê, telefone sem fio (duas latas ligadas por barbante), pipa, perna de pau, pés de lata, bambolê e outros – faz mais sucesso que a de videogames antigos ”.

Laura Santos, seis anos, adora tablet e Monster High, mas também se encanta pelos brinquedos dos tempos dos avós, que cresceram nos anos 1920, época em que bonecas precisavam ser importadas. “Meu pai conta que as crianças criativas faziam seus brinquedos. Minha avó fazia boneca de milho e de caroço de manga. E tinha que ser manga da roça, para ter uns pelinhos para servirem de cabelo”.

Criação se vale dos conhecimentos passados por Finzi Pasca

Com direção de produção do ator Marcelo Faria, “Rudá – Um Sonho Real” estreou em Santos e esteve em cartaz no Rio de Janeiro. A narrativa é conduzida por oito personagens, por meio de números que impactam. A criação utiliza o teatro acrobático e laboratório de pesquisas teatral, conhecimentos repassados pelo italiano Daniele Finzi Pasca, considerada por Gustavo Lobo seu grande mestre.

Contra o relógio

Foi em 2011, quando procurava um tema – já imbuído da ideia de ter a própria companhia – que Lobo resolveu bater o martelo por algo que fizesse o público questionar, refletir. “Isso é muito importante, a mensagem que vai ser passada”. Daí a opção por lançar luzes sobre um tempo “no qual não éramos perseguidos pelo relógio”.

A companhia agrega 15 pessoas, sendo 13 brasileiros, uma holandesa e uma norte-americana. A faixa etária dos componentes é diversificada, dos 20 aos 40 anos – o integrante Helder Cunha é o mais longevo: tem 56 anos. Mas, vamos combinar, idade, aqui, é só um detalhe. No palco, são todos crianças.

“Rudá - Um Sonho Real” – Sábado, 6, às 21h, e domingo, 7, às 18h. No Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60). Ingressos: Plateia I R$ 90 e R$ 45 (meia); Plateia II, R$ 80 e R$ 40 (meia). Vendas: bilheteria e ingresso.com. 80 minutos. Classificação: livre Informações: (31) 3889-2003 O Museu dos Brinquedos (av. Afonso Pena, 2.564) funciona de 2ª a 6ª, das 9h às 17h, sábados e feriados das 10h às 17h

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