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Tiradentes – A 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes chega ao fim neste sábado (31) com o anúncio dos curtas e longas-metragens vencedores, em solenidade que começa às 22h30, no Cine-Tenda. Mas as atenções estão voltadas para a política audiovisual, com o lançamento da Carta de Tiradentes na cidade histórica mineira.
Cineastas, atores, produtores e outros integrantes da cadeia cinematográfica no país assinam o documento, que listará uma série de propostas para reverter a baixa procura por filmes brasileiros em 2014. A palavra de ordem é “acessibilidade”, como evidenciado no seminário “Diálogo da Cultura: um Novo Pacto do Audiovisual Brasileiro”.
Realizado na tarde de quinta, no Centro Cultural Yves Alves, sede da mostra, o debate entrou na programação de última hora, como um “teste” para um dos cotados, até a tarde de sexta-feira (30), para ocupar a Secretaria do Audiovisual: Carla Francine, ex-gestora do audiovisual da Secretaria de Cultura de Pernambuco, quando o cinema do Estado nordestino viveu o seu boom.
Nome preferido de várias entidades ligadas ao cinema, Carla se mostra sintonizada com o pensamento do ministro da Cultura, Juca Ferreira, ressaltando o diálogo e união. “Precisamos de uma política para a questão do acesso, o maior gargalo do nosso cinema. Será bom para o povo se reconhecer nas telas”, diz.
Ela sugere que, a exemplo do que aconteceu em Pernambuco, se inicie um “processo de escuta”, na contramão do caminho seguido por Ana de Hollanda e Martha Suplicy, as últimas ocupantes da pasta. Opinião compartilhada pelos outros integrantes da mesa: Adriano de Angelis, assessor do MinC; Ricardo Targino, cineasta; e Raquel Hallak, coordenadora da Mostra.
Além da solenidade de entrega dos troféus, o último dia terá muitos, três deles mineiros. No mesmo horário, em locais diferentes, serão exibidos “Uma História para Contar” (Praça, às 20h), de Amaury Lopes, e “Ela Volta na Quinta” (Tenda, às 20h), de André Novais. Às 22h, também na Tenda, a vez de “Deserto Azul”, de Eder Santos.